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Companhias contratam profissionais para trabalhar em cruzeiros

Nesta temporada, deverão ser contratados cerca de 3,3 mil tripulantes

Andréa Graiz / Agencia RBS
Profissionais assinam contratos por temporada para atuarem nos bastidores dos navios

Chega a hora das férias e a família opta por viajar em um transatlântico. No entanto, para que o descanso seja completo, uma equipe de profissionais precisa trabalhar em diferentes funções. Dentro de um navio, há um grande grupo de trabalhadores que atua nos bastidores para garantir a qualidade dos serviços de entretenimento, gastronomia, manutenção, atendimento a bordo e muito mais.

Na temporada 2012/2013 de cruzeiros marítimos, com início previsto para novembro, 3.307 tripulantes brasileiros deverão ser contratados nos 15 navios que estarão na costa brasileira, segundo a Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos (Abremar).

- Se contarmos ainda os empregos gerados em escritórios, agências de viagem, receptivos e nas cidades onde os navios fazem escala, esse número é quadruplicado - explica Ricardo Amaral, presidente da entidade.

Para os interessados, a agência ISM BR já realiza seleção para recrutar 330 tripulantes em todas as áreas de prestação de serviços a bordo de navios como saúde, segurança, governança, bar, entretenimento, multimídia, recepção, restaurante, cozinha e serviços gerais, entre outros. A maior parte das vagas disponíveis é para o setor de alimentos e bebidas, para suprir a grande demanda a bordo de navios, com remuneração em dólar e possibilidade de bons ganhos.

Para se candidatar às vagas, os requisitos necessários são idade superior a 18 anos, conhecimentos em inglês ou espanhol e disponibilidade para viagens de pelo menos seis meses. A remuneração é feita em dólar americano e varia de acordo com a função exercida a bordo.

Conforme a ISM BR, podem participar os candidatos de todos os Estados. Os interessados devem cadastrar os dados no site www.ismbr.net.

A companhia MSC Cruzeiros, por exemplo, que navega por diferentes continentes durante todo o ano, destaca equipes compostas por profissionais das mais variadas formações. São aproximadamente mil artistas, entre dançarinos e músicos, mais de 120 pessoas encarregadas de polir copos e taças, 80 eletricistas, 54 carpinteiros, além de 110 encanadores e técnicos em consertos e reparos das peças que compõem a estrutura do navio.

Avalie carga horária

Os tripulantes de navios de cruzeiros são admitidos sob o regime de contrato temporário internacional. O tempo de embarque, na maioria das vezes, é de seis a oito meses e inclui o período em que o candidato completa o cadastro, as certificações e as avaliações médicas. O prazo pode variar de acordo com o procedimento de embarque de cada companhia marítima, e os pagamentos, em geral, são feitos de forma semanal, quinzenal ou mensal. O dólar é a moeda mais utilizada, mas algumas companhias também pagam em euro.

Embora o valor seja fixo, o tripulante terá grande parte do rendimento composta por gorjetas dadas pelos passageiros. Ou seja, quanto melhor o atendimento, maior a possibilidade de aumentar o salário. Antes de entrar no mercado, procure saber como funciona a escala de trabalho. Em um navio de passageiros, não existe dia de folga e, sim, horas de folga. A escala pode ser semanal ou diária. Em média, são 11 horas de trabalho todos os dias, e períodos intercalados de descanso. Nas paradas, o tripulante tem liberdade para sair e conhecer o local onde a embarcação está aportada.

Saiba mais

- Para assumir uma vaga, o candidato deve ter uma série de documentos validados. Há um investimento por parte do tripulante antes de o trabalho começar. Todos os custos são em função das certificações exigidas pelas companhias marítimas de acordo com as regulamentações internacionais

- STCW-95: o Seafarer's Training Certification ans Watchkeeping é o código que estabelece os padrões de competência exigidos dos tripulantes para exercer funções a bordo de navios. A certificação é obtida por meio de curso básico realizado nos centros de treinamento das companhias

- Ter passaporte válido para entrar nos países onde a embarcação parar

- O transporte até o porto de embarque nacional é definido pela companhia

- No caso de o porto de embarque ser fora do Brasil, o tripulante deve se informar com a companhia marítima sobre o procedimento

- Alguns contratantes fornecem apenas a passagem de ida. A de volta ao país de origem é por conta do tripulante. Outros pagam as despesas de ida e volta para o contratado

- Existe ainda a possibilidade de a companhia marítima não querer arcar com as despesas em nenhum dos trechos

- Durante o período que ficar no navio, o tripulante terá assistência médica para todos os custos com questões de saúde

- Todas as companhias têm médicos a bordo para dar toda a assistência necessária aos tripulantes quando necessário

- As cabines para a tripulação costumam ser pequenas e compartilhadas por duas, três ou até quatro pessoas

- Não é aconselhado que o tripulante desembarque antes de finalizar o contrato

- Nesse caso, além de reduzir as possibilidades de receber propostas para novas oportunidades, o tripulante será responsável pelo pagamento da passagem de volta

- Portanto, analise bem se você terá condições para trabalhar em cruzeiros por todo o período contratado e verifique se tem informações completas da função que irá exercer

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