Uma obra importante para a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) está planejada para ocorrer em 2024: a reforma do Salão Nobre da Faculdade de Direito. Serão destinados R$ 4,2 milhões, oriundos de emendas parlamentares da bancada gaúcha no Congresso.
O espaço está fechado desde 2019, quando parte do forro do salão caiu e o local teve de ser interditado. Nos anos seguintes, a comunidade se mobilizou para uma reforma, ao buscar recursos com ex-alunos e ajuda do poder público, mas não houve sucesso.
— O tempo foi passando e a gravidade dos problemas se tornou maior. No ano passado, choveu muito dentro do salão, o que prejudicou até a biblioteca, localizada abaixo — conta Ana Paula Motta Costa, vice-diretora da Faculdade de Direito.
A restauração total, teto e interior, está orçada em cerca de R$ 3 milhões. Além da reforma da parte física, a UFRGS terá o restante do recurso, cerca de R$ 1,2 milhão, para a compra de equipamentos. Antes de ser interditado, a capacidade do salão era de 400 lugares; ainda não há uma expectativa de quanto será após a reforma.
Também não há uma data para o início da obra, mas a direção espera que os trabalhamos sejam concluídos ainda em 2024. Para receber o recurso, porém, a universidade terá de aguardar a segunda fase de especificação das emendas parlamentares no orçamento federal, o que deve ocorrer até fevereiro.
Depois, o Ministério da Educação (MEC) pedirá um plano de trabalho à instituição. Já o processo licitatório para a obra deve ser aberto em 31 de janeiro. Em março é esperada a destinação orçamentária à UFRGS.
— Todo o mobiliário será trocado. Esperamos que seja possível recuperá-lo para que seja um salão com interação com outros lugares, onde palestrantes possam ter aulas interativas, híbridas e fazermos eventos com um boa sonorização — comenta Ana Paula.
Segundo ela, o local será também utilizado para congressos, seminários e aulas, além de solenidades e momentos de congregação com a comunidade universitária. O salão foi construído na década de 1950; o prédio da faculdade, inaugurado em 15 de julho de 1910, é protegido com o tombamento federal pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e declarado patrimônio cultural do Rio Grande do Sul em 2000.
— Ali estudaram ex-presidentes, ex-governadores do Estado, ministros do Judiciário, lideranças da sociedade em vários anos. A história do prédio é significativa para toda a comunidade gaúcha — finaliza a vice-diretora da faculdade.