Fortalecer a formação humanizada dos estudantes, ampliar sua visão sobre os sistemas de saúde, promover a troca de conhecimentos e experiências entre profissionais de diferentes países e melhorar, juntamente à formação médica, as condições de saúde pública em locais extremamente necessitados. Esses são alguns dos principais objetivos do programa de colaboração internacional do qual a Escola de Medicina da PUCRS faz parte.
Lançada em 2017, a iniciativa consiste em uma parceria com duas instituições no exterior: o Hospital Central de Maputo, de Moçambique, e a Universidade da Califórnia, Los Angeles (UCLA), dos Estados Unidos. Estudantes brasileiros são enviados para passar uma temporada em uma dessas instituições e, também, futuros médicos moçambicanos e norte-americanos vêm ao País para estagiar no Hospital São Lucas da PUCRS.
– Aqui, estimulamos a internacionalização, por acreditarmos ser uma das experiências mais enriquecedoras na formação acadêmica dos alunos – comenta o decano da Escola de Medicina da universidade, Leonardo Araújo Pinto.
Ele acrescenta que, com essa troca bilateral entre Brasil e Moçambique e Brasil e Estados Unidos, os profissionais que em breve irão para o mercado têm a oportunidade de vivenciar os desafios da saúde em realidades bem diferentes das que estão inseridos e adquirir conhecimentos que contribuirão para seu desenvolvimento pessoal e profissional.
Acesse o site da Escola de Medicina da PUCRS e saiba mais sobre o programa
Como participar do programa
A PUCRS tem, hoje, oito vagas anuais para o programa de colaboração internacional, sendo quatro para os Estados Unidos e quatro para Moçambique – e recebe no total nove alunos, cinco da UCLA e quatro do Hospital Central de Maputo. Os estágios têm duração de um a três meses.
As inscrições para os brasileiros se dão por meio de editais internos. Os estudantes da Escola de Medicina que desejam participar têm de estar no 4º, 5º ou 6º ano da graduação e passar pelos seguintes critérios de seleção: classificação por Coeficiente de Rendimento, avaliação do Currículo Lattes e entrevista.
– Além da nota, avaliamos a participação em atividades extracurriculares e até a realização de trabalho voluntário. Levamos em conta o perfil do aluno que consideramos que terá um melhor aproveitamento no intercâmbio – diz Pinto.
Os estudantes podem escolher o destino que desejarem e o processo é diferente para cada um dos dois. Laura Pinho Fillmann, 23 anos, que está cursando o 6° ano, se candidatou a uma vaga para a UCLA.
– Decidi me inscrever no programa de internacionalização da PUCRS porque acredito ser uma ótima oportunidade para conhecer outras realidades e aprender em um país com grande disponibilidade de tecnologias avançadas, as quais não costumamos ter tanto contato no Brasil. Escolhi a Califórnia porque tenho interesse em cirurgia, e a UCLA me permitia maior acesso a essa especialidade. Isso sem contar que se trata de uma instituição que se encaixa mais nos meus objetivos durante a formação – conta.
Sua viagem ocorreu em abril de 2022 e durou seis semanas (três no centro obstétrico do hospital Cedar Sinai e três no serviço de cirurgia colorretal do hospital Ronald Reagan).
– A experiência foi muito enriquecedora para a minha formação. Pude aprender com profissionais excepcionais e me surpreendi com o acesso às atividades do serviço. Atendi e evoluí no prontuário dos pacientes nos ambulatórios, entrei em campo durante as cirurgias e partos e participei dos rounds. Durante os estágios, tive contato com outra gama de patologias que são menos frequentes no Brasil, estive em muitas cirurgias laparoscópicas e robóticas, assim como presenciei práticas médicas não realizadas rotineiramente na minha faculdade – completa.
Cenários diversos
O decano da Escola de Medicina da PUCRS destaca que as experiências vivenciadas no Hospital Central de Maputo e na UCLA são bem diferentes, mas igualmente enriquecedoras.
Segundo Pinto, em Moçambique o aluno se depara com um sistema de saúde muito embasado em grandes hospitais e com acesso limitado aos serviços básicos, além de uma condição epidemiológica bem diversa da do Brasil, com alta incidência de doenças infecciosas, como malária e tuberculose.
Já nos Estados Unidos, tem contato com altíssima tecnologia associada à Medicina e um ambiente que favorece pesquisas médicas e desenvolvimento de tratamentos inovadores.
Além dos programas firmados com estes dois países, a PUCRS tem convênios com a Dinamarca (Universidade de Aarhus), Espanha (Universidade Internacional da Catalunha) e Inglaterra (Imperial College London).
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