O Brasil é destaque no ranking das melhores universidades da América Latina e do Caribe, divulgado nesta quarta-feira (13). Entre as 20 líderes, sete são brasileiras. A lista é encabeçada pela Universidade de São Paulo (USP) e inclui, ainda, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), na 18ª colocação.
Apesar do bom desempenho no QS World University Rankings 2024: América Latina e Caribe, a instituição gaúcha perdeu uma posição na comparação com a edição passada do levantamento. Houve uma perda de classificação, por exemplo, no quesito relativo ao número de professores com doutorado, e uma estabilização no que se refere à colaboração em pesquisas internacionais, enquanto outros estabelecimentos de ensino melhoraram.
No critério ligado à publicação por docente, outra gaúcha se destaca: a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). A instituição foi a décima, entre todas as classificadas da América Latina e do Caribe, em quantidade de pesquisas acadêmica por professor. Das 10 primeiras elencadas, oito são brasileiras.
No total, 97 universidades do Brasil estão elencadas no ranking. Entre elas, há 14 do RS, sendo as cinco melhores a UFRGS, a PUCRS, a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), a Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e a Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos). Confira a lista completa no final desta reportagem.
Na comparação com a edição anterior do levantamento, seis gaúchas tiveram melhoria no seu desempenho: a PUCRS, que ganhou duas posições; a UFSM, que ganhou 11; a Unisinos, que ganhou quatro; a Universidade Federal do Pampa (Unipampa), que passou das colocações 191-200 para as 181-190; a Universidade de Passo Fundo (UPF), que subiu das classificações 251-300 para 201-250; a Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), que saiu do grupo 301-350 e passou para 201-250.
O vice-presidente sênior da QS, Ben Sowter, chamou o desempenho do Brasil no levantamento deste ano de “excepcional”, fundamentado no conhecimento do corpo docente, na qualidade e na quantidade de pesquisas científicas.
— O Brasil se destaca pela qualidade e volume de suas pesquisas e pelo conhecimento especializado de sua equipe. Essa proeza foi exemplificada por seu recente trabalho sobre a Terra Preta da Amazônia e seu potencial para combater o desmatamento e as mudanças climáticas. É esse tipo de pesquisa relevante e de alto impacto que é necessário para garantir as classificações mais altas — pontua Sowter, que destacou, ainda, a “resiliência” do sistema de Ensino Superior brasileiro, diante dos “desafios de financiamento” enfrentados nos últimos anos.
O levantamento foi feito pela Quacquarelli Symonds (QS), analista global de Ensino Superior. A edição de 2024 incluiu 430 instituições de 25 países. Granada, Guiana, Jamaica, Suriname e Trinidad e Tobago estão representados pela primeira vez.