O Instituto de Educação Flores da Cunha recebeu uma vistoria do governador Eduardo Leite na manhã desta quarta-feira (19), em meio às obras. De acordo com a Secretaria Estadual de Obras Públicas, aproximadamente 60% da restauração já está pronta.
Os trabalhos começaram em 2016, mas o local sofreu com dificuldades frequentes em obras públicas no Brasil: falta de verbas, licitações refeitas, paralisações, retomadas, alterações no projeto e atrasos. Em janeiro de 2022, a reforma foi retomada e não mais parou. Em junho de 2023, a estimativa do governo do Estado era de que a conclusão ocorresse em setembro. Agora, o prazo dado é novembro.
— As obras estão andando bem, estou feliz com os resultados e confiante de que as obras estarão concluídas até o fim do ano para podermos no ano que vem termos a retomada (das aulas) — destacou Leite.
Por fora, a obra parece mais pronta. Faltam poucos acabamentos, além da realização final da pintura e serviços de paisagismo.
Por dentro, a realidade é um pouco diferente, e indica que o prazo de entrega previsto para novembro, possa ser pequeno perante às necessidades. Falta ainda realizar toda a pintura, colocação de portas, conclusão da instalação do forro, recuperação e instalação do mobiliário, entre outros serviços de arremate.
Estão sendo investidos R$ 23,4 milhões no instituto. Desse total, R$ 15 milhões já foram executados. Questionado, o governador também aproveitou para lembrar as demais obras que estão ocorrendo em escolas. Ele relembrou os investimentos de mais de R$ 100 milhões que foram anunciados para o programa Lição de Casa.
— Só neste ano serão atendidas mais de 250 escolas. Reorganizamos os processos de contratação de obras de escolas no Estado. Em todas as regiões, as obras estão acontecendo para deixar as escolas em melhores condições — comemora Leite.
Segundo a secretária Izabel Matte, a expectativa é poder entregar o prédio para uso até o fim do ano. Dessa forma, já a partir de 2024, será possível ter o início do ano letivo no prédio histórico.
— É uma obra gigantesca. É um processo de engenharia bem delicado. Temos acompanhado a obra. Só em ter desmontado o telhado provisório, enquanto as telhas não estavam recompostas, já muda bastante o aspecto do prédio — avalia Izabel.
Após a conclusão da obra, o local terá um Centro Gaúcho de Educação Mediada por Tecnologias. Este centro, gerido pelo Estado e coordenado pela Secretaria Estadual da Educação, tem como objetivo ser um projeto "pensado para os alunos e para toda a comunidade escolar, que será ocupado por estudantes, professores e aberto ao público em geral, integrando a comunidade".
Já as obras do Museu da Escola do Amanhã serão executadas num segundo momento. De acordo com Izabel, possivelmente no ano que vem. O espaço destinado a ele ocupará 10% da área da instituição.