Em 2021, apenas 43,6% dos alunos do 2º ano do Ensino Fundamental estavam alfabetizados — 56,4% deles, portanto, não eram considerados alfabetizados. O dado, inédito, é da pesquisa Alfabetiza Brasil, divulgada nesta quarta-feira (31) pelo Ministério da Educação (MEC) e pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). As informações são do portal G1.
O dado representa queda na porcentagem de alfabetização infantil em comparação com 2019: na época, 60,3% das crianças eram consideradas alfabetizadas.
— Sabemos que quando uma criança não se alfabetiza na idade certa, aumenta a evasão, aumenta a reprovação, aumenta a desistência. Estamos perdendo milhões de jovens e crianças no país que precisavam ter o direito de estar na escola, de garantir a conclusão do ensino básico completo. Portanto, esse é um direito que o estado brasileiro precisa garantir a todas as crianças — disse o ministro da Educação, Camilo Santana.
Conforme a pasta, o estudo dará suporte às políticas de avaliação da alfabetização, lideradas pelo Governo Federal e pelas redes públicas estaduais e municipais de ensino.
O ministério informou que as crianças que alcançam esse patamar — de alfabetizadas — são capazes de realizar leitura e processos básicos de interpretação de texto, com base na articulação entre texto verbal e não verbal como em tirinhas e histórias em quadrinhos. Além disso, são capazes de escrever (ainda com desvios ortográficos) textos que remetem a situações da vida cotidiana, como um convite ou um lembrete. "São leitores e escritores que iniciam sua jornada autônoma no mundo da leitura e da escrita e que devem ser acompanhados com investimentos pedagógicos importantes para consolidar e avançar nesse processo", diz a pasta.