Em parceria com o Ministério da Educação (MEC), a prefeitura de Santana do Livramento, na Fronteira Oeste, inaugurou a primeira escola cívico-militar do município. A mudança do nome da instituição, que passou a ser Escola Municipal Cívico-Militar João Souto Duarte, foi oficializada na última sexta-feira (12), mas os trabalhos começaram ainda no início do ano.
De acordo com a secretária municipal da Educação, Sandra Pontes, dez militares estão atuando no local desde o início de 2021. A proposta é que, ao longo do trabalho, o colégio passe dos atuais 200 alunos para 400 estudantes atendidos.
— Os gestores e monitores trabalham no contraturno, oferecendo atividades para que os alunos não estejam nas ruas ou em frente às telas. Tenho ouvido muitos relatos de pais sobre a mudança desses alunos em suas casas — detalha.
A secretária garante que a parte pedagógica segue sob responsabilidade do corpo diretivo, tendo os professores autonomia dentro da sala de aula.
— Os gestores e monitores dão suporte aos professores fora da sala de aula, com um respeito mútuo — afirma.
Conforme Rafael Kohanoski Ribeiro, ponto focal do Programa Escola Cívico-Militar (Pecim) na prefeitura, foram seis meses desde a manifestação de interesse por parte da escola até a implementação do programa.
— Tempo para a qualificação dos profissionais da escola, como também da seleção e qualificação dos militares. Já até a inauguração foram, ao todo, 10 meses de trabalho, culminando na oficialização da metodologia cívico-militar no nome da escola — conta.
O primeiro gestor cívico chegou ao colégio em junho.
Como funciona
A escola não é escolhida para participar do programa. A comunidade manifesta interesse em aderir e solicita à secretaria municipal ou estadual. A referida secretaria faz os encaminhamentos necessários e a escola tem sua solicitação avaliada pelo MEC. Caso cumpra os requisitos, ela pode receber o programa, explica Ribeiro.
O Pecim foi lançado em 5 de setembro de 2019 pelo Ministério da Educação em parceria com o Ministério da Defesa.