A maioria dos candidatos que solicitaram a reaplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020 não compareceu para realização das provas. No Rio Grande do Sul, a taxa de abstenção foi de 94,5% — a mais alta do país.
A reaplicação do Enem ocorreu na terça (23) e na quarta-feira (24) para participantes que estavam inscritos no exame regular, mas que tiveram sintomas de covid-19 ou de outra doença infectocontagiosa, e para aqueles que foram prejudicados por questões logísticas, como falta de luz e superlotação de salas.
O exame já havia sido aplicado nos dias 17 e 24 de janeiro no formato impresso, e nos dias 31 de janeiro e 7 de fevereiro no formato digital.
De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), 20.835 candidatos eram aguardados nos 133 locais de prova no Estado. Contudo, apenas 1.156 estiveram nos dois dias de provas.
O número de candidatos esperados no Rio Grande do Sul só não foi maior do que o do Amazonas, onde o Enem foi realizado só agora após ter sido adiado por conta do colapso da rede de saúde local em janeiro. Estudantes dos municípios de Espigão D'Oeste e Rolim de Moura, ambos de Rondônia, também fizeram a prova nos dias de reaplicação.
A média de abstenção no país foi de 72,6% — de um total de 228.679 candidatos aptos. O Estado com o índice mais baixo de ausentes foi Mato Grosso, que registrou 44,1%.
O presidente do Inep, em nota, disse que a realização do Enem 2020 "foi bastante difícil", pois foi necessário inovar "para entregá-lo à sociedade e dar oportunidade aos participantes que, a partir de agora, poderão dar o próximo passo e buscar o sonho de acesso à educação superior".
O tema da Redação foi "A falta de empatia nas relações sociais no Brasil". Os gabaritos das provas objetivas estarão disponíveis na segunda-feira (1º).