Depois de a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) informar, na tarde desta terça-feira (30), que não retomará o ensino de forma presencial neste ano, as principais universidades federais do Rio Grande do Sul não demonstraram que haverá mudança de planos quanto ao retorno das aulas em seus campi — mesmo que esse retorno ainda seja marcado pela incerteza.
Conforme a UFSC, a decisão se deu porque não há condições sanitárias e epidemiológicas que garantam a segurança da comunidade universitária. A UFSC justifica a decisão afirmando que a autonomia universitária, assim como os estudos da comunidade científica, levaram a reitoria a preferir priorizar o ensino não presencial, que deverá ser regulamentado na UFSC após a definição do Conselho Universitário, a ser divulgada em 17 de julho.
Qualquer retomada presencial, de acordo com a universidade catarinense, será feita de forma gradual, cautelosa e respeitosa.
"Não voltaremos antes da disponibilidade de uma vacina ou medicamento eficaz e disponível a todos. Somos mais de 40 mil pessoas na UFSC, uma população que certamente causaria um grande impacto nos sistemas de saúde pública se retomasse o ensino presencial sem as devidas indicações epidemiológicas. Portanto, não há uma data prevista para o retorno presencial", informou a universidade, em nota.
No Rio Grande do Sul, as universidades não tomaram decisões semelhantes. A Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) mantém as atividades presenciais suspensas até o dia 31 de julho. A orientação para essa suspensão tem sido feita pelo comitê responsável pelo plano de contingenciamento da covid-19 na instituição e as portarias de prorrogação da suspensão das atividades presenciais são publicadas seguindo uma renovação gradual.
A universidade está dando continuidade ao planejamento das condições para, tão logo seja viável, atuar de maneira presencial. Ao mesmo tempo, está sendo preparada a implantação do Ensino Remoto Emergencial (ERE) para o primeiro semestre de 2020 e para o qual existe uma proposta de aplicação emergencial e temporária em análise.
A Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) explica que ainda está avaliando as possibilidades de retorno. Nada foi definido, por enquanto.
A Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) informou que segue acompanhando a evolução da pandemia e dos regramentos de distanciamento colocados pelo poder público para tomar a decisão de retorno às aulas presenciais.