Assim como em 2019, neste ano, Porto Alegre não contará com um tradicional evento que antecede o início das aulas. Conhecida por reunir fabricantes de marcas conhecidas e comércios tradicionais, a Feira do Material Escolar não marcará presença na Praça da Alfândega, no Centro, onde já foi realizada em outros anos.
O evento sofre com a falta de interessados há algum tempo — realizada pela última vez em 2018, em anos anteriores, a frequência anual já havia sido prejudicada.
Conforme a Secretaria Municipal de Educação (Smed) de Porto Alegre, o edital de licitação para realizar a edição deste ano da Feira do Material Escolar não teve nenhum interessado. No ano passado, houve duas tentativas de colocar o edital em prática. Mas, assim como neste ano, não houve interessados.
Diferentemente do ano passado, quando a Smed fez dois chamamentos e tardou em decretar o insucesso da feira, a secretaria, por meio de sua assessoria de imprensa, já informa que não haverá o evento em 2020. Assim, se ainda havia alguém esperançoso para encontrar os tradicionais preços mais baixos da feira, é hora de começar a pesquisa de preço em outros locais.
As aulas da rede municipal já iniciaram para boa parte das instituições da Educação Infantil de Porto Alegre. Das 56 escolas de Ensino Fundamental da rede municipal da Capital, 31 retornam às aulas nesta segunda-feira (17). Já as 26 instituições que concluíram o calendário do ano passado tardiamente irão retornar às atividades em outras datas. Na rede estadual, o ano letivo começa amanhã.
Para compensar, será preciso pesquisar
Preparando-se para entrar na faculdade de Pedagogia, Daiana Gonçalves, 24 anos, se deslocou do bairro Partenon, na Zona Leste, até o Centro em busca de melhores preços nos itens escolares. Junto com ela, estava o irmão, Leonardo, seis anos, que está prestes a entrar no primeiro ano do Ensino Fundamental. Para a futura pedagoga, a busca por produtos não está difícil e os preços também não estão tão altos, mas ela acha interessante a ideia de um evento maior direcionado ao setor.
— A feira reunia uma variedade de marcas no mesmo lugar, oferecendo preços diferenciados. Isso é um auxílio para economizar e pode fazer falta agora — acredita Daiana.
A caixa operadora Chaiani Almeida, 38 anos, saiu de São Leopoldo, no Vale do Sinos, e foi até a Capital em busca de uma mochila com preço mais em conta para a filha Ellen, oito anos, que vai começar os estudos no terceiro ano. Para ela, a necessidade de pesquisar em várias lojas poderia ser amenizada se a feira voltasse a ser realizada:
— Seria uma boa ideia, com várias opções disponíveis a um preço mais acessível.
A acupulturista Débora Tonelo, 43 anos, rodou por pelo menos quatro lojas antes de dar início às compras. Com a lista de exigências da escola de seu filho João Pedro, 12 anos, na tela do celular, ela buscava as opções mais acessíveis usando como parâmetro o ano anterior.
— Quero tentar gastar praticamente o mesmo valor que investimos no ano passado na compra dos materiais, mas isso vai exigir bastante pesquisa — afirmou Débora.