O município de Bagé, na Campanha, irá receber uma escola cívico-militar em 2020. A informação foi confirmada pelo ministro da Educação (MEC), Abraham Weintraub, na tarde desta quarta-feira (26). No RS, outros quatro locais irão contar com as instituições: Alvorada, Caxias do Sul, Alegrete e Uruguaiana. O ministro não deu prazo para a implantação.
Na lista divulgada por Weintraub, são listadas 54 escolas cívico-militares que serão implementadas pelo país.
A intenção de incluir Bagé na lista das cidades contempladas já havia sido divulgada durante entrevista ao programa Gaúcha+, em setembro, pelo subsecretário de Fomento às Escolas Cívico-Militares do MEC, Coronel Aroldo Ribeiro Cursino.
À época, Cursino afirmou:
— Bagé foi escolhida como piloto dado o avançado do projeto apresentado pelo prefeito. É uma região importante da nossa fronteira. A principal característica é que a escola apresente um baixo Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) e que os alunos estejam em situação de vulnerabilidade social. Isso para que possamos, por intermédio desse modelo, resgatar a capacidade do jovens de serem protagonista da sua vida — disse o coronel.
Diferentemente das escolas totalmente militares, no modelo cívico-militar as prefeituras ou Estados continuam definindo o conteúdo trabalhado em sala. Os alunos, entretanto, deverão seguir regras militares no dia a dia. O MEC defende que a iniciativa aumentará a segurança e o respeito com professores.
O plano é implementar 216 escolas cívico-militares até 2023. O país tem cerca de 140 mil escolas; o Rio Grande do Sul, 2,5 mil em nível estadual.
O programa federal, com custo de R$ 54 milhões, colocará mais de mil militares das Forças Armadas, do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar para trabalhar como monitores, com a contrapartida de 30% de adicional no salário. No Rio Grande do Sul, a preferência será por reservistas, mas oficiais da ativa também poderão concorrer.