O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes, esteve nesta segunda-feira (16), em Santa Maria, na Região Central. Ele participou da abertura do II Congresso Aeroespacial Brasileiro (CAB), evento realizado no campus central da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).
Em conversa com jornalistas, o ministro avaliou como "difícil" o cenário atual das universidades brasileiras por causa dos cortes de recursos nas bolsas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), anunciados pelo governo federal no início do mês.
Conforme Pontes, o tema é "emergencial", já que são mais de 80 mil bolsistas que dependem do repasse de recursos. Na visão do titular da pasta, o CNPq cumpre "uma função extremamente importante para a pesquisa básica do Brasil".
— Não podemos deixar 80 mil pesquisadores desempregados. Esse problema não é deste ano. Surgiu do orçamento do ano passado, quando aprovaram o valor de R$ 784 milhões, quando o necessário para fechar o ano seria de R$ 1,58 bilhão — ressaltou Pontes.
Um programa espacial à altura
Em caráter emergencial, o ministro afirmou que transferiu R$ 82 milhões, da parte de fomento do CNPq, para o pagamento das bolsas do mês de setembro, mas ainda aguarda a liberação do Ministério da Economia para que o recurso possa ser usado.
— O fato é que são necessários R$ 330 milhões para pagar os meses finais. Porém, não depende mais de mim. Nós (ministério) temos um limite. O que causa estresse são as coisas que você sabe que são importantes, mas que estão fora do seu alcance de ação — completou.
Apesar do cenário, Pontes afirmou que o "o Brasil sairá desta situação", e que o país terá "um programa espacial à altura". Além do ministro, estiveram presentes o reitor da universidade, Paulo Afonso Burmann, o prefeito de Santa Maria, Jorge Pozzobom, pró-reitores, docentes, estudantes, técnicos e diretores de centro da instituição federal.