Os gaúchos devem ter mais oportunidades de trabalho temporário de final de ano em 2018. É o que mostram dados da Associação Brasileira do Trabalho Temporário (Asserttem) e da Caixa Federal. O crescimento deve ser de 10% neste ano em comparação com o último quadrimestre de 2017. GaúchaZH conseguiu mapear mais de mil vagas, pelo menos, que já estão abertas em todo o Estado à espera de candidatos (confira abaixo).
No Rio Grande do Sul, a previsão é de que 8.921 trabalhadores sejam aproveitados no período de compras sazonais de Natal e Ano-Novo, contra 8.110 no ano passado. A estimativa coincide com projeções do Sindilojas Porto Alegre e da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Sul (FCDL/RS). A pesquisa do sindicado também identificou aumento no percentual de lojas que devem abrir vagas de final de ano (passou de 12,5% em 2017 para 17,5%). E a Federação prevê, aproximadamente, 15 mil vagas temporárias. A chance de se tornar um empregado fixo é real e não deve ser menosprezada pelos trabalhadores.
– No atual momento do Rio Grande do Sul e o Brasil, as contratações temporárias servem como oportunidade para muitas pessoas. Dependendo de alguns fatores, pode haver efetivação do empregado. Nesse período, os lojistas reforçam o quadro de funcionários para dar conta do aumento da demanda – destaca o presidente da FCDL/RS, Vitor Augusto Koch.
Comprometimento tem de ser total
Mas o grosso das contratações pode ficar mais no final de 2018, de acordo com a Confederação Nacional do Comércio (CNC), que aponta, neste ano, 25% das vagas para dezembro no país – tradicionalmente, o mês concentra entre 10% e 15% do reforço. Esse ritmo lento foi detectado em algumas agências de emprego da Região Metropolitana, que esperam processos de seleção a partir de novembro.
No mesmo compasso de espera estão os supermercadistas . A Associação Gaúcha de Supermercados (Agas) confirma que o setor ainda não deu a largada no processo de seleção. A previsão é de que 30% dos empresários contratem temporários para o final de ano, uma estimativa de 3 mil vagas no setor. Em situação diferente está a AST Facilities, em Porto Alegre, que já procura profissionais para 650 vagas.
– Sentimos esse aumento projetado nas ofertas de vagas. Já selecionando. Para quem está querendo uma oportunidade, é importante saber que são, na maioria, para trabalho em finais de semana. Ou seja, quem não abre mão de ir à praia, por exemplo, precisa pensar bem – aconselha a coordenadora de RH da AST Facilities, Ticiana Casado Teixeira.
Historicamente, cerca de 15% dos temporários acabam efetivados nos cargos em que entram nesta época. Para ficar dentro desse percentual, como alerta Ticiana, faltas e uso frequente de atestado médico para justificar ausências devem ser evitados. A palavra-chave é comprometimento, postura que tem de começar no momento da entrevista de emprego.
– Muitas vezes, o candidato tem bagagem, tem bom currículo, mas não demonstra interesse ao ser entrevistado. O empregador nos retorna dizendo que não ficou com o candidato porque ele parecia não querer. Então, é preciso ter disposição e vontade. – diz a diretora regional da Asserttem no Rio Grande do Sul, Graziele Pachla.
Vaga conquistada com unhas e dentes
A vendedora Djenifer Bitencourt, 19 anos, conquistou vaga temporária em uma loja de vestuário no bairro Azenha, em Porto Alegre, no dia 1º de dezembro do ano passado. Foi uma oportunidade aberta para dar conta do movimento de final de ano. Ela não brincou em serviço: bastou um mês no cargo para receber uma proposta de efetivação.
Moradora do bairro Partenon, a jovem conta que fez o contrato de experiência de três meses e, em março deste ano, começou como funcionária. Primeiro, atuou como auxiliar de provador. Agora, já está como vendedora. Ela conta que para se destacar e conseguir a sonhada efetivação foi preciso muito empenho para lidar bem com o público. Na sua função, é preciso ter empatia, paciência e respeito, acima de tudo, com o cliente.
— Tem que ter muito interesse. Se te pedirem para fazer aquilo, faz e não te importa com os favores que vão te pedir. Ainda mais em época assim, é uma chance que tu tem e praticamente é só no final do ano que tu tem essa oportunidade — comenta Djenifer .
Como conquistar uma vaga temporária:
Educação: o Ensino Médio completo é fundamental para sonhar com uma vaga. O nível educacional é indicativo de que o trabalhador tem as ferramentas básicas para atender bem um cliente, por exemplo.
Estabilidade: um candidato só com experiências de trabalho anteriores curtas (de seis meses, por exemplo) pode perder uma vaga. Porque isso pode indicar instabilidade emocional ou dificuldade de cumprir metas. Considera-se estabilidade a partir de um ano de atuação.
Experiência: há interesse em um profissional que atuou em áreas diferentes. Um candidato que trabalhou no setor de vestuário e de móveis, por exemplo, mostra capacidade de se adaptar e versatilidade. Isso conta pontos preciosos.
Reciclagem: quem não ficou parado no tempo atrai mais os empregadores. Falta de grana não justifica a falta de cursos, palestras ou workshops no currículo. Contam também, e muito, atividades gratuitas.
Foco: não se procura trabalhador que diga "qualquer coisa serve". Alguém que tem foco, que sabe onde quer atuar, onde procurar as oportunidades, interessa mais ao empregador.
Tudo em dia: é preciso estar com o currículo atualizado e a Carteira de Trabalho na mão, além dos documentos pessoais, como identidade e título de eleitor. Muita gente fica pelo caminho na seleção porque não está com a documentação em dia.
Por que o temporário pode virar efetivo:
– O empregador olha com atenção o trabalhador temporário. É uma forma de experimentar aquele profissional antes de oferecer um contrato fixo.
– A crise econômica tem colocado gente qualificada na fila por emprego. O lojista atento vai querer ficar com esse trabalhador, que, em outra situação, seria mais caro de ser contratado.
– Nem sempre é necessário criar uma nova vaga. A empresa gosta de comparar a produtividade do temporário com os demais empregados e, se for o caso, fazer uma troca.
– Um trabalhador que toma a iniciativa e não precise a todo momento ser orientado e motivado é tudo o que uma empresa procura.
– A vaga temporária surge no período em que muita gente pensa mais em praia, folga e férias. Quem se concentrar e entender que a hora é de mostrar serviço e deixar o lazer para depois pode saltar aos olhos dos gestores.
– Buscar superar as metas traçadas (que aumentam os vencimentos no final do mês no varejo, por exemplo) e não se contentar com a remuneração básica é um comportamento que vale ouro. Se a empresa tiver condições, vai querer esse trabalhador efetivado.
Fontes: AST Facilities, Asserttem, Fecomércio/RS e FCDL/RS
Mais de mil vagas abertas no Estado
Agências FGTAS/Sine
Horários: agências têm horários diferentes, confira o de cada uma no site da FGTAS/Sine.
Como se candidatar: basta comparecer à unidade mais próxima com Carteira de Trabalho e Previdência Social
Alegrete (Praça Getúlio Vargas, 46)
Faxineiro: 1 vaga
Caxias do Sul (Av. Júlio de Castilhos, 1.478)
Operador de máquinas-ferramenta convencionais: 2 vagas
Mecânico de manutenção de veículos ferroviários 1 vaga
Capão da Canoa (Av. Peri, 1.766)
Açougueiro: 7 vagas
Ajudante de motorista: 2 vagas
Atendente de lojas e mercados: 29 vagas
Auxiliar nos serviços de alimentação: 3 vagas
Confeiteiro: 1 vaga
Embalador a mão: 16 vagas
Faxineiro: 6 vagas
Fiscal de loja: 8 vagas
Garçom: 2 vagas
Operador de caixa: 29 vagas
Padeiro: 12 vagas
Recepcionista: 1 vaga
Repositor de mercadorias: 20 vagas
Supervisor de carga e descarga: 2 vagas
Supervisor de exploração agrícola: 5 vagas
Capão do Leão (Av. JK Oliveira, 111 A)
Alimentador de linha de produção: 80 vagas
Trabalhador volante da agricultura: 140 vagas
Cruz Alta (Rua General Câmara, 910)
Trabalhador volante da agricultura: 8 vagas
Esteio (Rua Dom Pedro, 597 sala B)
Funileiro industrial: 1 vaga
Eletricista de Manutenção Eletroeletrônica: 5 vagas
Guaíba (Rua Acre, 234)
Vigilante: 20 vagas
Horizontina (Rua Helmut Simm, 10)
Vendedor de comércio varejista: 1 vaga
Imbé (Av. Paraguassú, 2.017)
Churrasqueiro: 1 vaga
Cozinheiro geral: 1 vaga
Garçom: 1 vaga
Marau (Rua Irineu Ferlin, 490)
Ajudante de motorista: 2 vagas
Nova Santa Rita (Rua das Laranjeiras, 195)
Vaga exclusiva para Pessoa com Deficiência: almoxarife 1 vaga
Santa Maria (Rua Silva Jardim, 1994)
Frentista: 1 vaga
Marceneiro: 1 vaga
Santa Rosa (Av. Rio Branco, 634)
Corretor de Valores, Ativos Financeiros: 1 vaga
Supervisor de vendas comercial: 1 vaga
Santo Ângelo (Rua Marechal Floriano, 1.430)
Técnico em instalação de equipamentos: 3 vagas
Soldador: 3 vagas
Montador de máquinas: 3 vagas
Santo Antônio da Patrulha (Av. Coronel Vitor Villaverde, 126)
Operador de negócios: 1 vaga
Torres (Av. General Osório, 482, sala 1)
Atendente de lojas e mercados: 5 vagas
Auxiliar de faturamento: 1
Faxineiro: 2 vagas
Fiscal de loja: 2 vagas
Operador de empilhadeira: 1 vaga
Técnico de enfermagem: 5 vagas
Tramandaí (Av. Emancipação, 1405)
Açougueiro: 4 vagas
Atendente de lojas e mercados: 7 vagas
Embalador a mão: 2 vagas
Faxineiro: 2 vagas
Fiscal de loja: 3 vagas
Operador de caixa: 5 vagas
Operador de negócios: 1 vaga
Repositor de mercadorias: 3 vagas
Três Coroas (Rua Luiz Volkart, 115)
Cozinheiro geral: 1 vaga
Vacaria (Rua Marechal Floriano, 463)
Supervisor de exploração agrícola: 1 vaga
Venâncio Aires (Rua Osvaldo Aranha, 1.004)
Faxineiro: 1 vaga
AST Facilities
Oportunidades para operadores de caixa, atendentes, vendedores, telemarketing, consultor de vendas, auxiliares de padaria, padeiros, cozinheiras, auxiliares de cozinha, fiscais de loja, auxiliares de operações, auxiliares de produção, copeiras e copeiras hospitalares.
Número de vagas: 650 vagas
Como se candidatar: comparecer de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h30min, ou encaminhar currículo para vagas@astfacilities.com.br
Endereço: Avenida Júlio de Castilhos, 435, 2º andar, Centro, Porto Alegre
Dica de ouro: o ideal é ir pessoalmente, dependendo do cargo, já ocorre entrevista e encaminhamento do candidato à empresa contratante.
* Colaborou: Luana Kanitz