Ao chegar na última etapa escolar — o Ensino Médio, os jovens deparam com uma grande decisão: qual carreira seguir? Em meio a um universo de opções profissionais que são atualizadas constantemente com novas atividades, é normal que apareçam muitas dúvidas. Seguir a carreira que os pais sonham? Trabalhar com o que trará realização pessoal ou com algo que dará um bom retorno financeiro? Escolher uma profissão que está em alta no mercado ou uma que ainda está em desenvolvimento?
De acordo com Tatiana Lemke, gerente de operações da consultoria de recursos humanos Produtive Carreira e Conexões com o Mercado, adolescentes que se questionam quanto à carreira podem ser divididos em dois grupos: os que não sabem com o que se identificam e os que sabem as áreas que gostam, mas têm dúvida sobre qual seguir.
Adolescentes que escolhem a profissão cedo, antes mesmo de chegar ao Ensino Médio, normalmente se inspiram em alguém, como um familiar, segundo a psicóloga e orientadora profissional Adriana Souza. Eles conseguem ver de perto os prós e contras da atividade. No entanto, há jovens que fazem o curso que os pais escolhem, mesmo tendo preferência por outro, e acabam trocando de graduação em algum momento. Também existem aqueles que se formam, mas nem chegam a atuar na área. Segundo Tatiana, a influência da família muitas vazias pode variar entre "com tal profissão você vai morrer de fome" até "se isso vai te fazer feliz, vai em frente". Ela afirma que muitos pais projetam no filho a profissão que desejavam ter.
— O ideal é ir trocando ideias e esclarecendo dúvidas, dentro do possível, sobre o mercado de trabalho, ajudando o filho a refletir sobre suas opções — comenta.
Fontes: Adriana Souza, psicóloga e orientadora profissional; Flávia Wagner, psicóloga do Serviço de Orientação Profissional (SOP) da UFRGS; Tatiana Lemke, gerente de operações da Produtive Carreira e Conexões com o Mercado e Thomas Lima, psicólogo e orientador profissional.