Água, ovos, papel higiênico e leite seguem entre os produtos mais procurados nos supermercados da Capital. Apesar da escassez dos produtos, prateleiras seguem tendo reposição, com esvaziamento recorrente. Além disso, alguns estabelecimentos iniciaram campanhas para limitar a quantidade de produtos vendidos.
O Supermercado Hoffman, na Avenida Bento Gonçalves, estava nesta quinta-feira (9) há dois dias sem água nas prateleiras. Conforme o gerente, Marco Furtado, não há previsão para repor os produtos.
— O que chega sai no mesmo dia. A última carga de 159 galões de 5 litros que recebemos acabou no mesmo dia. Os galões de 20 litros, que também comercializamos, faz mais de uma semana que não recebemos — citou o gerente, que informou também informou que na quarta-feira (8) vendeu 800 pães para doação.
No Zaffari do bairro Santa Cecília, não havia água, nem mesmo as com gás. As prateleiras com papel higiênico, banana e ovos, no entanto, estavam cheias.
No mesmo local a reportagem verificou cartazes indicando restrições nas vendas. Ovos, apenas duas bandejas por pessoa, e água com limitações de unidades. Conforme a assessoria de imprensa do supermercado, os itens que estão sendo racionados são apenas água, gelo, ovos e cesta básica. No Nacional da rua Vicente da Fontoura, a reportagem também não encontrou água. Os principais produtos procurados são: óleo e papel higiênico.
Já no Asun da Avenida Azenha, a reportagem encontrou papel higiênico, poucos ovos e não havia água ou verduras. Água racionada a dois galões de cinco litros por pessoa.
O presidente de Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), Antônio Cesa Longo, reafirmou que o Estado não sofrerá com desabastecimento.
—Os supermercados, junto a indústria, estão fazendo de tudo para manter o abastecimento. No momento que cada via é desobstruída, é uma certeza da reposição e da segurança dos clientes encontrarem os produtos — afirmou.