A partir desta quinta-feira (1), o ICMS cobrado sobre o litro da gasolina vai subir R$ 0,15 e sobre o litro do diesel, R$ 0,12. O sindicato que representa o comércio varejista de combustíveis, Sulpetro, não calcula quanto a mudança deve impactar para o consumidor final. O Sulpetro também não prevê alta no movimento dos postos de combustíveis por motoristas em busca do preço anterior.
— Tivemos elevações muito maiores recentemente, em função da Petrobras, por exemplo. Também tem produto sobrando, ou seja, não é por medo de faltar. Então não há motivo para ter correria nesse momento, até mesmo porque não sabemos quanto vai representar na ponta — explica o presidente do Sulpetro, João Carlos Dal'Aqua.
Nesta quarta-feira (30), GZH constatou que já há grande variação nos preços da gasolina na Capital, com valores variando de R$ 5,19 a R$ 5,79, o que representa uma diferença de R$ 0,60. Segundo Dal'Aqua não há impeditivo para que os postos elevem os valores antes do aumento no tributo e também não há como estimar quanto vai ser repassado ao consumidor:
— É um livre mercado. Vai depender do custo de distribuição e do momento que cada um está praticando, talvez alguns reajustem mais outros menos. É uma flutuação que o mercado vai se acostumando — destacaDal'Aqua.
O Procon do Rio Grande do Sul orienta ao consumidor que denuncie caso identifique alguma situação de possível aumento injustificado de preços.
O aumento do ICMS nesta quinta é o primeiro depois da mudança no modelo de cobrança, instituído por lei federal em 2022, que definiu um valor fixo nacional sobre o litro da gasolina e do diesel e sobre o quilo do gás de cozinha. Antes, cada Estado tinha a liberdade de cobrar um percentual em cima de um preço médio de venda ao consumidor.
A previsão é de que os valores não mudem até o final do ano.
Gás de cozinha também sobe
No caso do GLP o aumento é de R$ 0,16. O Sindicato dos Revendedores de Gás de Cozinha do Rio Grande do Sul (Singasul) estima que o aumento deve significar uma elevação de até R$ 5 no preço final do botijão de 13 quilos, que hoje é vendido na média de R$ 104,53 no Rio Grande do Sul.
Para Ronaldo Tonet, presidente do Singasul, a variação é significativa, mas também não deve aumentar a procura por preços menores:
— O consumidor vai sentir no bolso, mas é costume no país cada cliente ter um botijão em funcionamento em casa. Dificilmente vai buscar um botijão a mais antes de acabar o seu só para garantir o preço antigo.