O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse nesta sexta-feira (4) que o valor da conta de luz irá baixar. Silveira também afirmou que haverá redução gradual da participação de usinas termelétricas a óleo na matriz energética do Brasil.
Silveira também disse que o Brasil deixará de emitir 1,5 milhão de toneladas de carbono (CO2) até 2030. Ele deu as declarações em Parintins (AM), onde esteve com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, para relançar o programa Luz para Todos e o Linhão de Tucuruí.
Nesta nova fase, o Luz para Todos vai beneficiar até 500 mil famílias até 2026. O programa leva energia elétrica à população rural, em especial no norte do país e em regiões remotas da Amazônia Legal.
Interligação da região Norte
No evento, o presidente da República lançou a interligação das cidades de Parintins (AM), Itacoatiara (AM) e Juruti (PA) ao Sistema Integrado Nacional (SIN). Os municípios passarão a receber energia elétrica do mesmo sistema que abastece a maior parte do país. Lula também assinou a ordem de serviço para conectar o Estado de Roraima ao SIN, por meio do linhão de Tucuruí.
O ato ocorreu em Parintins (AM), onde o presidente realiza o lançamento do programa Energias da Amazônia.
O Planalto afirma que hoje a cidade de Parintins queima 45 milhões de litros de óleo diesel para gerar energia ao ano por estar fora do SIN, o que deixará de ser necessário.
O comunicado do governo destaca que há 211 sistemas isolados (que precisam gerar energia localmente por falta de ligação com o sistema nacional) na região amazônica — são cerca de 250 no país todo. E que a nova ação terá custo de cerca de R$ 5 bilhões.
Na conectividade de Roraima ao SIN, serão investidos R$ 2,6 bilhões nas obras, cujo fim está previsto para setembro de 2025.
O ministro Silveira declarou no mês passado que o programa de descarbonização da Amazônia vai reduzir em 40% até 2026 o consumo de energia gerada com a queima de óleo diesel na região. Segundo ele, esse percentual vai baixar para 20% em 2030.
Esses locais são supridos, em sua maioria, por usinas térmicas a óleo diesel. O custo para a compra dos combustíveis é rateado por todos os demais consumidores, por meio da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE).
A chamada Conta de Consumo de Combustíveis, a CCC, deve fechar o ano em cerca de R$ 12 bilhões, de acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).