Cláudio Gastal, ex-secretário de planejamento durante os primeiros anos de governo Eduardo Leite no RS, tomou posse, nesta segunda-feira (12), no Badesul. A cerimônia, realizada no Instituto Caldeira, em Porto Alegre, e as palavras do novo diretor-presidente, indicam que o banco de desenvolvimento gaúcho vai reforçar ações de fomento na área de inovação.
Atualmente, a instituição possui R$ 57 milhões subscritos em fundos de investimento (FII) em startups. Do total, R$ 40 milhões estão em iniciativas do Rio Grande do Sul. A ideia, agora, segundo Gastal, é que esses recursos sejam descentralizados e possam privilegiar ecossistemas já existentes. É o caso de cidades como Passo Fundo, Caxias do Sul, Gravataí, Santa Maria, Pelotas e Rio Grande, entre outros locais.
— O Badesul tende a demostrar que a inovação está no foco prioritário das estratégias. Vamos buscar parcerias não só com o Instituto Caldeira, onde já temos um espaço, mas em todas as regiões do RS em que atuam uma rede de universidades de base tecnológica e demandam esses estímulos — afirmou.
Após períodos de resultado negativo, há cinco anos o banco atua no campo positivo e entregou lucro de R$ 49 milhões em 2022. Com mais de R$ 1 bilhão liberados para financiamento de empreendimentos e uma carteira que conta com R$ 517 milhões em sistemas de irrigação e armazenagem de grãos, entre 2019 e 2022, o banco se projeta para outros desafios, argumenta Gastal.
— O que queremos é juntar inovação com o agro. Como temos um agro muito forte, nada faz mais sentido do que aportar no desenvolvimento de tecnologias para esse segmento — afirma o diretor-presidente, ao lembrar que depois de sua posse a instituição deverá apresentar um desenho estratégico para divulgar as metas traçadas para os próximos quatro anos.
Agência
Presente na solenidade, o governador Eduardo Leite projetou que o Badesul, sob a gestão de Cláudio Gastal, também se torne instrumento responsável pela criação de uma agência de promoção comercial do Estado. O objetivo, explicou Leite, é que essa estrutura promova a atração de investimentos dentre dos setores mapeados e que integram as principais vocações econômicas do Estado.
— Pretendemos criar uma agência de promoção comercial do Estado e o Badesul que já tem estrutura técnica pode ser a ferramenta de formação desse projeto. Ela teria tudo que uma agência desse tipo requer, desde análise de cases internacionais e nacionais, promoção e atração de investimentos e negócios. É uma estrutura técnica e qualificada que deve estar atenta a tudo o que acontece, especialmente, naqueles setores econômicos que a gente identifica e para os quais os RS é mais vocacionado. Com isso, vamos apresentar o Estado de forma eficiente — emendou.
De acordo com o governador o poder público e o Estado “podem e devem” se tornar cada vez mais um agente de fomento à inovação e o Badesul. Com as contas em dia, acrescenta Leite, o banco terá papel de “protagonismo” nesse processo.