Apesar do frio de cerca de 15°C da manhã de sábado (13), as principais vias do centro de Porto Alegre, como Voluntários da Pátria, Alberto Bins e Rua dos Andradas registravam movimento acentuado de pessoas em busca de presentes para o Dia das Mães. Não por acaso: dentre os dias que antecedem esta data especial, é justamente no sábado que se espera o maior volume de vendas, segundo o Sindilojas da Capital.
E não são apenas filhos e maridos apinhando as lojas. As mães também estão marcando presença, focadas em escolher de perto o que querem receber amanhã. Uma delas é Ângela Maria Alves, que acompanha o filho Guilherme Garcia e o marido Celso Garcia no dia de compras. Com o auxílio dela, os homens escolheram presenteá-la com um casaco grosso, em preparação para os dias mais gelados do Estado.
— Para não errar no presente e evitar trocas, ela veio com a gente — diz Celso.
Conforme lojistas e vendedores de rua, os itens de inverno são realmente os mais procurados pelo público este ano. Conforme o presidente do Sindilojas de Porto Alegre, Arcione Piva, o frio é uma boa notícia para os lojistas na medida em que impulsiona as vendas de produtos que têm um tíqute médio um pouco mais alto, como é o caso dos casacos, blusões e botas. Esse calçado feminino, por sua vez, é item o mais desejado pelos consumidores da loja TR5, na Avenida dos Andradas.
— Tem muito mais gente na loja hoje do que durante a semana, e acho que à tarde devemos ter bem mais do que de manhã. As botas são o produto que mais estou saindo para o Dia das Mães — relata o vendedor Antônio Carvalho Santos
No varejo da Capital, o segmento que mais deve vender é o de roupas, seguido por perfumaria, cosméticos e produtos de higiene e, em terceiro lugar no ranking de importância, os calçados. As informações são do Sindilojas da Capital, que espera um crescimento na comparação com as vendas no mesmo período do ano passado:
— Esses seguimentos são os principais focos dos consumidores na hora de comprar e também é o principal desejo das mães, conforme o que vemos quando perguntamos para elas o que que elas querem ganhar. Estamos otimistas, já que a pesquisa de intenção de compra que fizemos há alguns dias com os consumidores foi bem positiva. Há um crescimento de 27,8% em relação a 2022 na intenção de compras, o que equivale, em valores, a um crescimento de R$ 382 milhões de consumo, no ano passado, para R$486 milhões esse ano. Então são R$104 milhões a mais na economia. Pelos movimento que temos visto durante a semana nas lojas e shoppings, isso deve se se concretizar — afirma o presidente.
Ao longo da próxima semana, o sindicato fará nova pesquisa pra conferir se as expectativas do setor foram confirmadas.