Acionistas da Petrobras aprovaram, no final da noite desta quarta-feira (13), o nome de José Mauro Coelho como membro do conselho de administração da estatal. O governo federal, por meio do Ministério de Minas e Energia (MME), recomendou o executivo para a presidência da Petrobras. A indicação ocorreu após as desistências do economista Adriano Pires e do empresário Rodolfo Landim, que declinaram dos convites por conflitos de interesses.
Coelho é presidente do Conselho de Administração da PPSA, estatal responsável por negociar a parte da União na exploração do pré-sal, e foi secretário de Petróleo e Gás do MME de abril de 2020 a outubro de 2021. Antes, atuou por 12 anos na Empresa de Pesquisa Energética (EPE), estatal responsável pelo planejamento do setor elétrico, sendo seu último posto o de diretor de Estudos do Petróleo, Gás e Biocombustíveis na EPE.
O indicado do governo Bolsonaro saiu do MME em outubro, alegando questões pessoais. De fala tranquila, chegou a ser oficial de artilharia por oito anos, o que lhe garante uma boa relação com o Exército, mas depois engrenou na área tecnológica até entrar para a EPE, em 2007, na área de abastecimento. Apesar de não ter experiência como executivo de uma grande empresa, como requer o estatuto da Petrobras, o nome de Coelho não deverá enfrentar obstáculos para aprovação, já que detém vasta experiência no setor e dirigiu por anos a EPE.
Para terem efeito, as indicações de Coelho e de Marcio Andrade Weber, como presidente do conselho de administração, precisam ser confirmadas pela assembleia-geral ordinária da Petrobras. A reunião do colegiado iniciou nesta quarta, mas até às 23h, não havia ainda uma definição sobre a direção da companhia. A decisão ficou para a tarde desta quinta-feira (14). Além de Coelho e Weber, precisam também estão sendo submetidos para aprovação os nomes de Sonia Julia Sulzbeck Villalobos; Ruy Flaks Schneider; Luiz Henrique Caroli; Murilo Marroquim de Souza; Carlos Eduardo Lessa Brandão e Eduardo Karrer.