O presidente Jair Bolsonaro afirmou neste sábado (12) que qualquer solução encontrada para minimizar o repasse dos preços internacionais do barril de petróleo para o mercado doméstico, terá que receber o aval do ministro da Economia Paulo Guedes. Em conversa com jornalistas após um evento para "filiação em massa" de pré-candidatos a deputados federais do PL, ele explicou que o próprio chefe da pasta já sinalizou que poderia usar subsídios, mas apenas no caso de a guerra entre Rússia e Ucrânia se estender por muitos mais meses.
— Temos que nos preparar para, se por ventura, esse conflito lá longe continuar... (o preço do petróleo) está em torno de US$ 115 o barril, se aumentar vamos ter reflexos aqui dentro. Aí entra a equipe do Paulo Guedes — comentou. — Numa emergência temporal, até que (o preço) se restabeleça lá fora, o governo (pode) dar uma ajuda pro lado de cá. Mas isso passa pela palavra final do ministro da Economia — enfatizou.
Quando questionado sobre de onde sairiam os recursos para um possível subsídio, Bolsonaro lembrou que o país ainda vive num momento de pandemia.
— Quando começamos lá atrás a pagar o auxílio emergencial de R$ 600, o endividamento mensal nosso era da casa dos R$ 50 bilhões. Se tiver que subsidiar isso daí (combustíveis), pode ter certeza que vai equivaler a 5% desse valor — calculou.
O presidente disse que o ideal seria não ter de gastar recursos públicos com subsídio.
— Mas se preciso for, para a economia do Brasil aqui não parar, não travar, nós preferimos. O Paulo Guedes vai preferir uma medida como essa ou uma alternativa equivalente — cogitou.
Bolsonaro evitou dar um prazo para que essa medida pudesse ser colocada em prática.
— Não dá para falar um "se". Estamos pensando sempre no pior, para não sermos surpreendidos. Talvez fale com ele (Guedes) hoje se for necessário. A gente tem que buscar estar preparado e se antecipar aos problemas — defendeu.