Ao menos 74 servidores da Receita Federal que trabalham no Rio Grande do Sul pediram exoneração dos cargos, acompanhando um protesto nacional da categoria que reclama de cortes no orçamento do Ministério da Economia para 2022.
Entre eles, estão 44 delegados e inspetores que ocupam cargos de chefia em postos da Receita em território gaúcho, como no Porto de Rio Grande e outras áreas aduaneiras, como aeroportos e fronteiras. Há também outros 20 auditores-fiscais que ocupavam cargos de chefia das equipes de fiscalização.
Na semana passada, os primeiros 10 trabalhadores já haviam solicitado a dispensa das suas funções de supervisores das equipes regionais vinculados ao direito creditório na 10ª Região Fiscal, pertencente ao Rio Grande do Sul. As saídas foram formalizadas através de documentos assinados pelos servidores, aos quais GZH teve acesso.
Até o momento, em todo o País, a Receita Federal sofre uma debandada de mais de 300 trabalhadores. A categoria reclama de um acordo feito com governo federal sobre uma bonificação, congelada há cinco anos, que acabou de fora do orçamento do ano que vem, aprovado na noite desta terça-feira (22) no Congresso Nacional.
Eles alegam que o dinheiro que seria destinado para a gratificação dos servidores da Receita será usado para o reajuste do piso salarial dos policiais federais e rodoviários federais, uma demanda pessoal do presidente Jair Bolsonaro que foi inserida de última hora no projeto orçamentário de 2022.
A Receita Federal disse que, por enquanto, não irá se posicionar sobre o fato.