O Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu a projeção do crescimento do Brasil para 2021 - em julho, a estimativa era de 5,3%, e, agora, passa a 5,2%, de acordo com o relatório Perspectiva Econômica Mundial. Para 2022, a revisão para baixo foi maior, de 1,9% para 1,5%. Para 2026, o FMI prevê uma alta de 2,1% do Produto Interno Bruto (PIB).
O Fundo não divulgou, há dois meses, projeções para a inflação, resultado de transações correntes e taxa de desemprego e as últimas previsões para esses indicadores foram comunicadas em abril.
Neste contexto, o fundo estima que o IPCA subirá 7,7% neste ano, acima dos 4,6% informados anteriormente. Para 2022, esse índice de preços ao consumidor avançará 5,3%, superior aos 4% estimados há seis meses.
Segundo o FMI, a projeção para o déficit de transações correntes como proporção do PIB caiu um pouco para 2021, de 0,6% para 0,5%, enquanto aumentou para o próximo ano, de 0,8% para 1,7%. No caso da taxa de desemprego, ocorreram reduções das estimativas de 14,5% para 13,8% em 2021 e de 13,2% para 13,1% no próximo ano.
O FMI fez poucos comentários sobre a evolução da economia do Brasil. O documento destacou que suas projeções para as contas públicas refletem anúncios de políticas pelo governo realizados em 31 de maio deste ano e consideram "conformidade total com o teto constitucional de gastos".
O órgão também apontou que premissas para a política monetária no país "são consistentes com a convergência da inflação em direção ao centro da meta no final de 2022". O Fundo citou que as ações do Banco Central "mudaram para uma postura menos acomodatícia desde o final de 2021", o que também ocorreu no Chile, México e Rússia.