
O ministro da Economia, Paulo Guedes, reconheceu nesta segunda-feira (23) que o ambiente de antecipação das eleições prejudica a economia, pois causa muito barulho, mas que nenhum fundamento indica que o país está fora do controle.
— Espero que excessos de uma parte ou de outra sejam moderados. Precisamos moderar os excessos para garantir a recuperação econômica, que está praticamente garantida. Muito tem se falado do déficit, sobre a possibilidade de descontrole fiscal, mas os fundamentos continuam indicando que estamos fazendo o trabalho certo — disse.
Guedes destacou que a economia está retomando e que o fiscal continua sob controle.
O ministro citou a redução do déficit primário previsto, de 10,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2020 para 1,70% em 2021 e a 0,30% para 2022.
— Então praticamente acabou o déficit. O Brasil enfrentou a maior depressão dos tempos modernos e está voltando a crescer rápido — avaliou.
Ele ainda citou que a projeção para o crescimento do PIB do Brasil em 2021 está em 5,30% e cresce há 16 semanas. A mediana, porém, na pesquisa Focus do Banco Central, cai marginalmente há duas semanas e foi reduzida de 5,28% para 5,27% no relatório divulgado nesta segunda-feira.
Guedes participou no início da manhã da abertura do 41º Congresso Internacional da Propriedade Intelectual, organizado pela Associação Brasileira da Propriedade Intelectual (ABPI). O vídeo do evento, contudo, só foi divulgado para a imprensa no período da tarde.
Licenciamento voluntário
O ministro da Economia disse que sempre defendeu o licenciamento voluntário — popularmente conhecido como quebra de patente — em situações dramáticas, como a atual pandemia do coronavírus.
— Tem que ser a exceção que confirma a regra — afirmou. — O melhor sistema é sempre proteger produção e investimento.