O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no Brasil desacelerou em junho, mas subiu no acumulado de 12 meses. Após ficar em 0,83% em maio, a inflação oficial do país fechou o mês passado em 0,53%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados nesta quinta-feira (8).
Esse é o maior resultado para o mês desde junho de 2018 (1,26%).
Agora, o IPCA acumula alta de 3,77% no ano e de 8,35% nos últimos 12 meses — ainda acima do teto da meta estabelecida pelo Banco Central para 2021: 5,25%. A variação acumulada em 12 meses é a maior desde setembro de 2016 (8,48%).
Dos nove grupos de produtos e serviços presentes na pesquisa, oito subiram em junho. O maior impacto (0,17 ponto percentual) foi do grupo habitação (1,1%), principalmente por causa da energia elétrica (1,95%). Mesmo com desaceleração em relação ao mês anterior (5,37%), a conta de luz teve o maior impacto individual no índice do mês (0,09 ponto porcentual).
“A energia continuou subindo muito por conta da bandeira tarifária vermelha patamar 2, que passou a vigorar em junho e acrescenta R$ 6,243 à conta de luz a cada 100 quilowatts-hora consumidos. Em maio, estava em vigor a bandeira vermelha patamar 1, cujo acréscimo é menor (R$ 4,169). Os preços, porém, desaceleraram em junho devido aos diversos reajustes captados em maio nas áreas pesquisadas. Em junho, tivemos apenas o reajuste médio de 8,97%, em Curitiba, no fim do mês”, explica o analista da pesquisa, André Filipe Guedes Almeida.