O governo gaúcho lançou na manhã desta quinta-feira (17) um projeto dedicado a apoiar micro e pequenos negócios e buscar saídas contra a crise intensificada pela pandemia de coronavírus. O programa RS Trabalho, Emprego e Renda (RS TER) promete facilitar acesso a capacitação, crédito e novos mercados por meio de ações oferecidas em conjunto com parceiros públicos e privados.
A intenção é estimular a geração de emprego e renda no Estado e reverter, ao menos em parte, o impacto negativo provocado pelo coronavírus sobre a economia nos últimos meses. A titular da Secretaria de Trabalho e Assistência Social (STAS), Regina Becker, lembrou da importância dos setores a serem contemplados pelo projeto no lançamento realizado por teleconferência ao final da manhã.
— Os micro e pequenos empreendedores representam 47,3% do PIB do Estado. Estamos iniciando esse projeto fazendo a capacitação de 1,5 mil pequenos empreendedores para viabilizar que seus negócios não sigam a história crítica que hoje o Brasil apresenta — afirmou Regina, lembrando que 85% dos empreendimentos fecham antes de cinco anos no país.
O projeto tem três eixos: capacitação de empreendedores, auxílio para ampliação de mercado e acesso a financiamentos. A oferta de treinamento terá início por meio da publicação de um edital prevista para o início de fevereiro. Será contratada uma instituição para assessorar a gestão de um primeiro grupo de 1,5 mil pequenos negócios. A meta para todo o ano é de pelo menos 4,5 mil beneficiados.
Já o acesso a recursos financeiros, segundo a assessoria de comunicação da STAS, pode ser buscado mediante negociação diretamente com as entidades parceiras (veja mais detalhes no quadro abaixo). Os valores podem variar de R$ 100 a R$ 150 mil, mas vão depender da modalidade de crédito, da proposta de cada pretendente e das regras de cada linha de financiamento.
— Precisamos estar cientes de que o acesso ao crédito deverá primar pela qualidade, a premissa é a da viabilidade econômica e financeira da proposta do empreendedor. Ele precisará compreender a necessidade da sua condição de gerenciamento financeiro e administrativo do negócio, um dos focos do governo do Estado para reduzir a drástica estatística de mortalidade das empresas — sustenta Regina.
Além de microempreendedores, poderão participar agricultores e donos de pequenos negócios informais. O governador Eduardo Leite participou do evento de lançamento da iniciativa.
— Queremos um desenvolvimento mais equânime dando suporte a quem tem menos — afirmou Leite.
Em depoimento por vídeo, o diretor-superintendente do Sebrae/RS, André Vanoni de Godoy, ressaltou a importância de ampliar as possibilidades de financiamento para essa parcela da sociedade gaúcha:
— Trazer crédito para o microempreendedor é fundamental para que ele possa fazer o seu negócio girar. Ter acesso a crédito é um dos fatores fundamentais para o empreendedor alavancar o seu negócio.
Saiba mais
O programa
Tem três eixos:
- Oferta de capacitação em parceria com instituições públicas e privadas para quem já tem ou pretende montar um negócio
- Ampliação de mercado em conjunto com prefeituras e o setor produtivo local procurando aumentar a comercialização dos produtos e serviços do empreendedor
- Facilitar acesso a crédito em instituições de microcrédito, cooperativas, bancos públicos e sociedades garantidoras de crédito
Como participar
Para ter acesso aos benefícios e buscar informações pode ser procurado um dos parceiros do programa:
- Agências FGTAS/Sine
- Prefeituras
- Instituições financeiras públicas (BRDE e Badesul)
- Cooperativas de crédito (Cresol, Sicredi e Sicoob)
- Sociedade garantidora de crédito (RS Garanti)
- Instituições de microfinanças (Casa do Microcrédito, Credisol, ICC Serra, Imembuí Microfinanças, ICC MAU, portosol, Credioeste, Crecerto e Banco da Família)
Quem pode ser beneficiado
Empreendedores da agricultura familiar, dos negócios informais, pequenos produtores rurais, microempreendedores individuais e microempresas que tenham faturamento máximo de R$ 4,8 milhões por ano.
Quanto poderá ser financiado
Depende da necessidade, do projeto e da viabilidade econômico-financeira da proposta. Diferentes linhas variam de R$ 100 a R$ 150 mil.
Limite de crédito
Os financiamentos ficarão limitados às linhas de financiamento oferecidas pelos parceiros financeiros do programa.
O que poderá ser financiado
Capital de giro (atender necessidades imediatas de caixa, geralmente com prazo menor de amortização) ou investimento - aquisição de bens ou ampliação, recuperação ou modernização da empresa.
Mais informações
Detalhes podem ser encontrados AQUI.