A Azul e a Latam já devem começar a vender passagens dentro do acordo de compartilhamento de voos (codeshare) na próxima quinta-feira (13). O presidente da Azul, John Rodgerson, falou com a imprensa após o lançamento da nova subsidiária de voos regionais, a Azul Conecta.
— Qualquer oportunidade que você tem para conectar duas malhas vai trazer demanda. Isso é muito bom. Em tempos assim (de crise), você tem de ter criatividade. Temos muitas aeronaves paradas — disse o executivo.
Em junho, Azul e Latam anunciaram um acordo de codeshare para conectar rotas em suas respectivas redes domésticas no Brasil. O acordo incluirá, inicialmente, 50 rotas domésticas não sobrepostas de/para Brasília (BSB), Belo Horizonte (CNF), Recife (REC), Porto Alegre (POA), Campinas (VCP), Curitiba (CWB) e São Paulo (GRU).
Azul Conecta
Com a abertura da rede, a empresa mira elevar sua cobertura no país, e quer atingir 200 cidades nos próximos anos.
A empresa é fruto da aquisição da TwoFlex, anunciada no início deste ano. Com atuação em 36 destinos no país, a Azul Conecta é composta por 17 aeronaves modelo Cesna Gran Caravan, um turboélice regional monomotor com capacidade para até nove assentos. Dos 17 aviões, três são exclusivamente cargueiros.
— Com essas aeronaves, vamos transformar o Brasil mais uma vez. Vamos chegar a 200 destinos. Todo mundo está triste com o que está acontecendo no mundo, mas isso vai acabar. Temos de olhar para frente e ajudar o Brasil a crescer — disse Rodgerson.
BNDES
A Azul ainda analisa a ajuda financeira ao setor aéreo prometida pelo governo via BNDES. O executivo foi perguntado sobre em que pé está o processo, mas se limitou a dizer que o grupo recebeu os termos da linha do banco e está avaliando.
A Azul divulga seus resultados trimestrais nesta semana e, por isso, Rodgerson evitou dar mais detalhes sobre o assunto.