Na próxima sexta-feira (31), o presidente Jair Bolsonaro desembarca em Bagé para inauguração de habitações populares. Entre os integrantes da equipe estará o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, que, em entrevista ao Timeline desta quarta (29), falou sobre a agenda, que incluirá obras de saneamento no Rio Grande do Sul e comentou alternativas para a retomada da economia brasileira perante a crise provocada pela pandemia.
— Estamos discutindo a retomada das obras da barragem que dará segurança hídrica a toda a região da Campanha, além dos problemas recentes do RS, ligados à questão climática e enchentes. Estamos trazendo "boas novas" em relação à ação da nossa Defesa Civil — afirmou.
De acordo com ele, os temas de discussão relacionados ao RS são as obras para melhorias no saneamento básico e os problemas ligados ao clima, como as recentes enchentes que causaram transtornos em todo o Estado. O ministro afirmou que foram investidos R$ 12 bilhões em obras de saneamento no país, e de R$ 4 milhões para o RS.
Retomada da economia
O ministro afirmou que já está havendo reação econômica positiva em comparação ao período entre abril e maio deste ano. Ele salientou a atenção do governo aos microcréditos e financiamento de linhas específicas para pequenas e médias empresas, em busca da volta do capital de giro.
Sobre o turismo brasileiro, Marinho afirmou que a possibilidade para o setor é de que seja, inicialmente, regional — viagens próximas, entre cidades ou estados. A expectativa de destino são locais onde há diminuição da incidência de covid-19, como no Rio Grande do Norte.
Governadores de oposição
Marinho afirmou que, em relação às divergências políticas dos governos estaduais com o governo federal, é necessário estabelecer o diálogo e apresentar as ações em planejamento, com o objetivo de fazer parceria em razão das "várias obras, que serão importantes para o país".
— Nós somos orientados a tratarmos estados e municípios em função do nível populacional, e não dos governantes. Todos os habitantes do país são tratados igualmente.
Nesse mesmo contexto, em relação aos ministros, ele defende a necessidade de conversas para ouvir diferentes opiniões, e que "discussões internas ocorrem em qualquer instituição, pois nem todo mundo pensa igual". No entanto, salientou que a posição final é a do governo.