No segundo dia de bandeira vermelha na Região Metropolitana, classificação que impõe medidas mais restritivas devido ao alto risco para o coronavírus, parte do comércio está funcionando normalmente, mesmo sem permissão.
Em Viamão, na manhã desta quarta-feira (24), GaúchaZH encontrou pelo menos sete lojas abertas e recebendo clientes na Rua Reverendo Américo Vespúcio Cabral, no Centro. A prefeitura informou que interditou três estabelecimentos por descumprimento das regras. Para Alexandra Rangel, proprietária da padaria e lancheria Q'Delícia, a bandeira vermelha espantou ainda mais os clientes. Na terça-feira (23), foram servidos apenas 10 almoços.
— É desolador. O cliente quer comer e precisa de um lugar para sentar e não pode. Boa parte dos meus clientes é comerciante e, como quase tudo está fechado, o movimento é muito baixo — avaliou.
Havia filas em agências bancárias e lotéricas da região. Pelo menos duas lojas de grandes redes estavam de portas abertas. Em uma delas, um cartaz na porta até orientava para a obrigação do uso de máscara.
Em Canoas, uma loja de roupas infantis e outra de calçados funcionavam normalmente na Rua Quinze de Janeiro. Próximo ao Calçadão, uma loja de confecções femininas tapou a vitrine com uma faixa anunciando todas as peças por R$ 29,90. Uma funcionária disse que o estabelecimento estava fechado, mas que poderia receber clientes.
A prefeitura de Canoas informou que vai intensificar a fiscalização nas regiões comerciais a partir desta quinta-feira (25). Na segunda-feira (22), o governo do Estado recusou a contestação de Canoas, que tentou reverter a bandeira anunciada no fim de semana.
O prefeito Luiz Carlos Busato informou que o município acataria as restrições previstas na bandeira vermelha e que iria “parar tudo” nesta semana.
A situação era completamente diferente em Gravataí. Por volta das 13h30min, poucas pessoas circulavam na área central e no entorno da Praça Dom Feliciano. Apenas farmácias, clínicas médicas e agências bancárias estavam abertas.
— Tá paradinho. Tô desde às 8h no ponto e não peguei nenhum passageiro aqui, só pelo telefone. Tem movimento de carros na rua, mas pessoas caminhando é zero — comentou o taxista Luiz Antônio Santos.