Centenas de empresas questionadas pelo Fórum Econômico Mundial, organizador do encontro anual de Davos, afirmaram temer uma crise mundial duradoura e que as falências empresariais disparem devido à pandemia de coronavírus, de acordo com um relatório divulgado nesta terça-feira (19). As recessões mundiais em uma escala nunca vista desde a Grande Depressão dos anos 1930 exigem resposta mais forte dos governos para garantir uma recuperação rápida, colocando o crescimento em um caminho mais saudável.
A pandemia e o subsequente confinamento em diversos países interromperam grandes áreas de produção e obrigaram muitos governos a iniciar operações de resgate em massa em todo o mundo. Nesse contexto, a pesquisa perguntou a 347 gestores de riscos suas preocupações para os próximos 18 meses.
As principais consequências que afirmam temer são uma prolongada desaceleração econômica, um aumento das falências empresariais e um alto desemprego juvenil. Outros medos que destacaram incluem uma segunda onda de covid-19 e o aumento dos ciberataques e fraudes de dados, já que grande parte da atividade empresarial está sendo realizada online.
Da mesma forma, a dívida resultante dos pacotes de resgate pode piorar as finanças de governos e empresas, frear o crescimento durante anos e dificultar os esforços para combater as mudanças climáticas, afirma o estudo.