Situação bem diferente da dos credores do Estado do Rio Grande do Sul (e órgãos estaduais), quem tem precatório a receber da União (e dos órgãos federais) não precisa se preocupar. Os pagamentos estão em dia, segundo o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), que é responsável pela liberação dos valores no sul do país.
A pedido de GaúchaZH, a Corte fez um levantamento dos valores devidos no Estado. O montante chega a R$ 1,7 bilhão para 26.335 credores. São precatórios registrados até 1º de julho de 2019, incluídos no orçamento federal deste ano, que precisam ser pagos até 31 de dezembro de 2020. O crédito mais alto será pago a uma empresa, no valor de R$ 10,1 milhões.
No caso das Requisições de Pequeno Valor (RPVs) federais, os pagamentos também estão em dia. Segundo o TRF4, resta quitar apenas as RPVs recebidas na Corte em abril, que serão depositadas em maio. Os R$ 106 milhões serão pagos a 15.898 credores. A RPV federal é paga no valor máximo de 60 salários mínimos, o que representa R$ 62,7 mil.
No Estado
No caso do Estado do Rio Grande do Sul, a dívida em precatórios ultrapassa R$ 15 bilhões. O governo estadual negocia os créditos com deságio de 40% para acelerar pagamentos e fazer economia aos cofres públicos em razão das dificuldades financeiras. Diferentemente dos pagamentos feitos pela União, que são sempre integrais e seguindo a ordem cronológica, sem negociação de nenhum tipo. Outra diferença é que as RPVs devidas pelo Estado têm o valor máximo de 10 salários mínimos, ou R$ 10.450.