O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira (26) que o voucher para trabalhadores informais do governo federal poderá ser ampliado para até R$ 600.
Na entrada do Palácio da Alvorada, onde concedeu uma entrevista à imprensa, ele disse que tem conversado sobre o assunto com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e que ainda não sabe que impacto teria o aumento.
A proposta inicial do Poder Executivo era de um benefício de R$ 200, com um impacto de R$ 15 bilhões. A equipe econômica, no entanto, já vinha avaliando uma elevação para R$ 300.
E, nesta quinta-feira (26), o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que o Poder Legislativo pode aumentar para R$ 500.
— Está em R$ 500 e talvez passe para R$ 600. Eu conversei com o Paulo Guedes ontem e eu não tomo a decisão sem falar com o respectivo ministro — disse. — Pode ser, mas eu não sei quantos bilhões a mais a cada R$ 100, para você ter uma ideia — acrescentou.
O presidente afirmou também que será feita uma nova medida provisória para tratar da suspensão de salário, mas que ainda está em fase de discussão.
Na segunda-feira (23), o presidente havia recuado e suspendido treco de iniciativa que previa a suspensão por quatro meses.
Bolsonaro disse que a medida estava mal-feita e que ela precisava prever uma compensação para o trabalhador, o que ainda passa por avaliação, de acordo com ele.
Ele ressaltou ainda que discute um socorro financeiro a pequenas e médias empresas. Segundo ele, uma ideia é que o poder público arque com uma parte da folha de pagamento diante do compromisso do dono do negócio de não demitir funcionários.
— Eu alertei a nação com palavras dura ou toscas, entendam como queiram, mas foram palavras verdadeiras — disse. — Eu duvido que alguém daqui não esteja preocupado em perder o emprego. E está todo mundo preocupado — acrescentou.
A ideia é que o voucher seja usado pela população que não tem trabalho formal e não recebe recursos de programas como Bolsa Família e Benefício de Prestação Continuada (BPC).