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O aproveitamento da energia solar segue avançando em ritmo acelerado no Rio Grande do Sul. Somente em 2019, até quarta-feira (11), foram instaladas 12,1 mil unidades de geração fotovoltaica, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O volume representa expansão de 142% em relação a 2018 e consolida o Estado como o terceiro maior polo produtivo do país, com 19,6 mil usinas ativas, atrás de Minas Gerais e São Paulo.
Com a presença cada vez mais frequente dos painéis fotovoltaicos nos municípios gaúchos, a potência instalada quase quadruplicou desde o ano passado, passando de 62,4 mil quilowatts (kW) para 234,1 mil kW, conforme a Aneel. O consultor na área de energia Ricardo Lague explica que a recente redução dos custos dos equipamentos necessários para viabilizar o sistema vem sendo um fator crucial para a expansão da fonte limpa e renovável.
— O custo-benefício passou a ser favorável para o consumidor e alavanca a instalação de novos equipamentos. No caso das empresas, a possibilidade de descentralizar a geração, utilizando em mais de uma unidade dentro da área de concessão, também é um estímulo — afirma.
De acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar (Absolar), nos últimos 10 anos o preço dos equipamentos caiu em torno de 75%. Hoje, no Brasil, o custo de implementação em uma residência com quatro pessoas sai por aproximadamente R$ 15 mil. Com a economia na conta de luz gerada pelo sistema, o montante pode ser recuperado em três a sete anos, dependendo da região.
Atualmente, o país conta com 149,9 mil unidades geradoras e potência instalada de 1,7 gigawatt (GW). O presidente do conselho da Associação Brasileira de Geração de Energia Limpa (Abragel), Ricardo Pigatto, lembra que o país só começou a explorar o potencial da fonte solar há cerca de cinco anos e, portanto, ainda há espaço para os números seguirem em alta.
— A geração solar fotovoltaica dificilmente vai ter o crescimento freado no Brasil. É um caminho sem volta — estima Pigatto.
Novos projetos
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Os clientes residenciais são os protagonistas da expansão das estruturas de energia limpa no país, conforme a Aneel. No Rio Grande do Sul, eles respondem por 66% dos pontos em operação. No entanto, a maior potência instalada está entre os clientes comerciais, hoje responsáveis por 44% do total.
Novos projetos que começam a sair do papel tendem a aumentar o peso das empresas na potência energética instalada no Estado. É o caso das usinas inauguradas nesta quinta-feira (12) pela Rede La Salle. A instituição de ensino implementou o maior parque de energia solar do Estado em Nova Santa Rita, com 3,6 mil painéis fotovoltaicos e capacidade de 1,2 mil kW. Paralelamente, montou ainda uma usina em Viamão, com 2,5 mil placas e capacidade aproximada de 800 kW.
_ Calculamos que 70% da energia que consumimos no Estado vai ser gerada pelos parques. Também queremos aproveitar a estrutura para desenvolver projetos de pequisas na área de energia _ aponta Sandro Baruffi, coordenador de patrimônio da Rede La Salle.
Com investimento de R$ 9 milhões, as duas estruturas devem começar a abastecer a partir de janeiro de 2020 os colégios de Canoas, Caxias do Sul, Esteio, Porto Alegre e Sapucaia do Sul, além dos centros de pesquisa do La Salle espalhados pelo Estado. No futuro, a ideia é atender também a demanda de luz da universidade La Salle.