O presidente Jair Bolsonaro afirmou neste sábado (2) que seu governo pretende propor um projeto para acabar com a estabilidade do servidor público. A medida seria uma das mudanças da reforma administrativa, que deve ser enviada nas próximas semanas ao Congresso.
— Olha, a ideia é daqui para frente. Daqui para frente não teria estabilidade, essa é que é a ideia — disse ao deixar o Palácio da Alvorada para comprar uma motocicleta em concessionária a 14 quilômetros da residência oficial da Presidência.
— Nós, para algumas carreiras de Estado, temos que manter a estabilidade. Eu não posso formar, por exemplo, um sargento, um capitão de Forças Especiais e depois mandá-lo embora. Tem que ter formação específica para aquela atividade, bem como servidor civil que eu não quero entrar em detalhe aqui — afirmou.
Questionado sobre quando o texto será levado ao Congresso, não quis dar uma data, mas disse que está quase tudo pronto "para a criança nascer". Logo depois, em uma visita ao Lago Sul, o presidente disse que está pré-agendado para que ele vá ao Congresso na terça-feira (5) apresentar o projeto.
— Pretendo levar. Está pré-agendado na terça-feira, ideia é dar demonstração, como na reforma da Previdência, de que estamos juntos, o Parlamento, o Executivo, talvez o chefe do Judiciário também eu o convide para ir pra lá, ou o Rodrigo Maia (presidente da Câmara), ou o presidente (do Senado, Davi) Alcolumbre. Para mostrar que os três poderes têm que estar em harmonia para atingir os objetivos — relatou.
Bolsonaro não soube dizer se o governo vai priorizar a reforma tributária ou a administrativa como próximo passo, após a reforma da Previdência ser aprovada.
— O que for menos difícil tem que ir na frente. Qualquer uma dessas duas reformas é bem-vinda.