O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, disse nesta terça-feira (17) que o governo vai descontingenciar mais de R$ 8,3 bilhões até o fim de setembro, sendo R$ 1,9 bilhão para o Ministério da Educação.
— Ontem (segunda-feira, 16) tivemos uma reunião onde descontingenciamos mais de R$ 8,3 bilhões. Amanhã (quarta, 18) vai ter uma conversa de consolidação disso para que, até o final desta semana, princípio da próxima, a gente tenha as portarias prontas e o decreto para poder fazer a redistribuição — disse o ministro no início da tarde, ao sair de uma agência bancária no Congresso, onde disse ter ido para trocar um cartão.
Na semana passada, o vice-presidente Hamilton Mourão disse que haveria desbloqueio de R$ 20 bilhões dos recursos orçamentários até o fim do ano. O orçamento federal tem R$ 35 bilhões bloqueados.
Nas últimas semanas, o presidente Jair Bolsonaro vinha recebendo reclamações da equipe ministerial, que se queixava da falta de verba para anúncios e programas.
Em agosto, Bolsonaro admitiu que sua administração enfrenta uma crise financeira, disse que está fazendo milagre para manter as contas em dia e ressaltou que a equipe ministerial está apavorada.
Onyx Lorenzoni disse também nesta terça que o governo deve enviar uma proposta de reforma tributária para o Congresso somente após a viagem de Bolsonaro para Nova York, na semana que vem, quando participa da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).
O ministro disse não saber se a proposta será encaminhada para a Câmara ou para o Senado, mas descartou a ideia de criação de uma nova Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF).
— Óbvio que sim, está descartada (a CPMF). Caiu o cara da Receita por causa desse negócio. O presidente é homem de uma palavra só. Ele disse que não vai ter e não vai ter (CPMF). Acabou, a CPMF morreu — disse o ministro.