Um contingente de 3,35 milhões de desempregados no país procura trabalho há pelo menos dois anos — o que equivale a 26,2% (ou cerca de uma em cada quatro pessoas) do total de desocupados no Brasil. Os números, do segundo trimestre deste ano, são um recorde desde o início da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), em 2012.
Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (15) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No segundo trimestre de 2018, o contingente de desempregados procurando trabalho há no mínimo dois anos tinha menos 196 mil pessoas — ou seja, era de 3,15 milhões.
No segundo trimestre de 2015, esse número era de 1,43 milhão de pessoas, ou seja, menos da metade do segundo trimestre deste ano.
Dados divulgados pelo IBGE hoje
- 3,347 milhões de pessoas procuram emprego há pelo menos dois anos (26,2% do total de pessoas sem ocupação)
- 1,807 milhão de pessoas procura emprego há pelo menos um ano (14,2% do total de pessoas sem ocupação)
- 5,154 milhões de pessoas, portanto, procuram emprego há mais de um ano (40,4% das pessoas sem ocupação)
- 5,823 milhões de pessoas procuram emprego há mais de um mês
- 1,789 milhões de pessoas procuram emprego há menos de um mês
Desalentados
4,9 milhões de pessoas desistiram de procurar emprego no segundo trimestre (4,4% de toda a força de trabalho no Brasil, recorde na série histórica)
Recuo
No segundo trimestre, a taxa de desemprego do país recuou para 12%, percentual inferior aos 12,7% do primeiro trimestre deste ano e aos 12,4% do segundo trimestre de 2018.
A taxa caiu em 10 das 27 unidades da Federação na passagem do primeiro para o segundo trimestre deste ano, segundo os dados divulgados nesta quinta. As maiores quedas ocorreram no Acre, de 18% para 13,6%, Amapá, de 20,2% para 16,9%, e em Rondônia, de 8,9% para 6,7%. Nas outras 17 unidades da Federação, a taxa se manteve.
Na comparação com o segundo trimestre de 2018, a taxa subiu em duas unidades, Roraima (de 11,2% para 14,9%) e Distrito Federal (de 12,2% para 13,7%), e caiu em três: Amapá (de 21,3% para 16,9%), Alagoas (de 17,3% para 14,6%) e Minas Gerais (de 10,8% para 9,6%). Nas demais unidades, a taxa ficou estável.