O diretor-geral da Agência Nacional de Petróleo (ANP), Décio Oddone, disse nesta terça-feira (23) que o "enchimento fracionado e a venda de botijões de gás parcialmente cheios são analisados" pelo governo. A afirmação foi feita durante lançamento do programa "Novo Mercado de Gás".
Oddone explicou que a intenção da ANP com o fracionamento da venda de gás de cozinha é que os consumidores tenham a possibilidade de abastecer botijões de gás como ocorre com a gasolina e o etanol em um posto de combustível.
— Isso impacta particularmente as famílias de baixa renda, que chegam ao final do mês sem recursos para comprar um botijão completo. Assim, uma dona de casa pode ser levada a migrar para o carvão, a lenha ou o álcool, correndo riscos e criando implicações para a saúde pública. Acidentes dessa natureza são frequentemente noticiados. A permissão do enchimento fracionado e a venda de botijões parcialmente cheios são analisadas — ressaltou.
Além disso, disse que o governo estuda a liberação do botijão sem marca e o enchimento de vasilhames de outras marcas. Segundo Oddone, essa medida diminuiria os custos às distribuidoras.
— Mesmo em condições seguras, não é permitido o engarrafamento de botijões de uma marca distinta da estampada no vasilhame. A troca dos botijões entre as distribuidoras gera custos adicionais de logística — detalhou.