Na semana que vem, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados receberá o ministro da Economia, Paulo Guedes, para uma explanação sobre as propostas de reforma da Previdência geral e a dos militares. A reunião será a partir das 14h.
A participação de Guedes na CCJ é considerada atípica e resultado da desarticulação do governo, uma vez que a comissão não analisa o mérito da proposta, apenas sua admissibilidade. A audiência com o ministro costuma ocorrer na comissão especial, mas a oposição vem apresentando uma série de requerimentos para a convocação do ministro.
Neste caso, governistas entraram em campo para convencer a oposição a transformar o requerimento de convocação em um convite, o que é considerado mais brando, já que o primeiro tipo é obrigatório.
A reunião com Guedes, no entanto, corre o risco de ser esvaziada. O envio de uma proposta de reforma da Previdência para os militares com compensações bilionárias para a carreira foi o estopim para os deputados do chamado Centrão deflagrarem uma ofensiva contra a articulação do governo, que já vinha despertando a insatisfação dos parlamentares. Eles ameaçam não comparecer ao encontro na CCJ e decidiram rejeitar a relatoria da reforma da Previdência geral na comissão.