Em transmissão ao vivo de 40 minutos no Facebook em sua casa na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), que toma posse em janeiro, disse nesta sexta-feira, 9, ter recebido projetos de reforma da Previdência do atual governo e de parlamentares, em Brasília, mas que "pouca coisa pode ser aproveitada para o ano que vem". Bolsonaro demonstrou preocupação especialmente com o gasto público com aposentadorias.
"Nós queremos uma reforma da Previdência, mas não podemos começar com a Previdência pública normal que está aí, dos trabalhadores da iniciativa privada, que desconta os 11% do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). Não é por aí. Tem coisa errada. Tem que se rever alguma coisa. Mas a pública é a mais deficitária", afirmou.
Ele ainda citou a Grécia, que, segundo o presidente eleito, teria adotado um fator previdenciário médio de 30%, como exemplo que não pretende seguir. "O Brasil está chegando a um limite na questão orçamentária, que quase tudo é despesa obrigatória. A questão previdenciária, a despesa tem subido assustadoramente. Não queremos nos transformar no que foi há pouco tempo a Grécia. Agora, todos têm que entender que está complicada a questão da Previdência", disse.