O Brasil tinha 13,235 milhões de pessoas em busca de emprego no trimestre encerrado em maio. Apesar do patamar elevado de desemprego, houve melhora em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta sexta-feira (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Há menos 536 mil desempregados em relação a um ano antes, o equivalente a um recuo de 3,9%. O total de ocupados cresceu 1,3% no período de um ano, o equivalente à criação de 1,199 milhão de postos de trabalho. O contingente de inativos avançou 1,6%, 1,001 milhão de pessoas a mais nessa condição.
Como consequência, a taxa de desemprego passou de 13,3% no trimestre até maio de 2017 para 12,7% no trimestre encerrado em maio de 2018. O nível da ocupação, que mede o porcentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar, foi estimado em 53,6% no trimestre encerrado em maio deste ano.
Trabalho com carteira assinada diminui
O mercado de trabalho no país perdeu 483 mil vagas com carteira assinada no período de um ano. O total de postos de trabalho formais no setor privado encolheu 1,5% no trimestre encerrado em maio de 2018 ante o mesmo trimestre de 2017, segundo os dados da Pnad Contínua. O total de vagas formais caiu a 32,775 milhões de postos, o menor patamar da série iniciada em 2012.
Já o emprego sem carteira no setor privado teve aumento de 5,7% em um ano, com 597 mil empregados a mais. O total de empregadores cresceu 5,6% ante o trimestre até maio de 2017, com 229 mil pessoas a mais.
O trabalho por conta própria cresceu 2,5% no período, com 568 mil pessoas a mais. A condição de trabalhador familiar auxiliar diminuiu 1,6%, com 35 mil ocupados a menos. O setor público gerou 319 mil vagas, um avanço de 2,9% na ocupação.
Houve aumento de 4 mil indivíduos na condição do trabalhador doméstico, 0,1% de ocupados a mais nessa função.