A arrecadação de impostos e contribuições federais somou R$ 106,192 bilhões em maio, um aumento real (já descontada a inflação) de 5,68% na comparação com igual mês de 2017, informou nesta terça-feira, 26, a Secretaria da Receita Federal. Em relação a abril deste ano, houve queda de 19,14%.
O valor arrecadado foi o melhor desempenho para meses de maio desde 2015. O resultado veio dentro do intervalo de expectativas de instituições ouvidas pelo Broadcast Projeções, que ia de R$ 101,9 bilhões a R$ 112,5 bilhões, com mediana de R$ 107,450 bilhões.
De janeiro a maio deste ano, a arrecadação federal somou R$ 603,400 bilhões, o melhor desempenho para o período desde 2015. O montante ainda representa aumento de 7,81% na comparação com igual período do ano passado.
Desonerações
As desonerações concedidas pelo governo resultaram em uma renúncia fiscal de R$ 27,459 bilhões nos cinco primeiros meses deste ano, valor próximo ao de igual período do ano passado, quando ficou em R$ 27,631 bilhões. Apenas no mês de maio, as desonerações totalizaram R$ 7,524 bilhões, também próximo ao de maio do ano passado (R$ 7,524 bilhões).
Só a desoneração da folha de pagamentos custou aos cofres federais R$ 1,160 bilhão em maio e R$ 4,086 bilhões no acumulado do ano.
No mês passado, em meio à greve dos caminhoneiros, o governo aprovou o projeto de reoneração da folha de pagamentos, que voltou a cobrar tributos previdenciários sobre a folha de salários para 28 setores da economia.
Refis
A arrecadação com o programa de parcelamento de débitos tributários somou R$ 1,042 bilhões em maio. Foram R$ 698 milhões apenas com o Refis aprovado no ano passado (Programa de Regularização Tributária). Outros R$ 344 milhões foram arrecadados com parcelamentos da dívida ativa.
Desde o começo do ano até o mês passado as receitas dos parcelamentos alcançaram R$ 12,379 bilhões.