A usina termelétrica de São Sepé, na Região Central, teve o prazo de conclusão prorrogado pela segunda vez. Agora, a previsão é de que os trabalhos sejam finalizados em agosto, 60 dias após a nova data apresentada pela Enerbio — empresa que faz a coordenação técnica da obra. Isso se deu devido às negociações com a empresa contratada para fazer as interligações dos equipamentos da usina, que precisou de mais tempo do que o previsto para executar o serviço:
— Passou para agosto em função da contratação da empresa que vai fazer a interligação de todos os equipamentos. Eles tiveram que comprar mais equipamento e não tinham disponibilidade. Acertamos, então, a prorrogação desse prazo, para fazer tudo da forma mais adequada. Agora, nosso caminho crítico é interligar toda a parte elétrica, as tubulações de vapor, de água. Vamos começar isso agora em maio e a previsão é concluir em agosto para iniciarmos os testes — afirmou Luiz Antonio Leão, diretor da Enerbio.
O primeiro prazo dado pela Enerbio era para março deste ano, depois foi prorrogado para junho, devido ao atraso na liberação de R$ 35 milhões – verba obtida por meio de financiamento junto ao BNDES – para a conclusão da unidade, que será alimentada por biomassa.
O investimento está orçado em R$ 48 milhões. No canteiro de obras há, atualmente, 40 pessoas. Mas a partir da próxima segunda-feira (14), quando começam os trabalhos de interligação dos equipamentos, mais 40 funcionários serão contratados.
Ao fim da obra, a unidade terá potência instalada de oito megawatts. A termelétrica começou a ser construída em julho do ano de 2017 e poderá abastecer até 31 mil domicílios – o que deve atender, na prática, entre 100 mil e 120 mil pessoas.
Para produzir energia, a usina utilizará mais de 70 mil toneladas de casca de arroz. São Sepé tem pouco mais de 24 mil habitantes. A projeção é que, quando a usina passe a operar, todo o município tenha capacidade de ser coberto pela energia produzida pela termelétrica.