A produção brasileira de grãos na safra 2017/18 deve atingir 232,6 milhões de toneladas, o que corresponde a uma queda de 2,1% em comparação com o período anterior, mas confirma a previsão da segunda maior colheita de grãos do Brasil, só inferior ao do período 2016/17 (237,7 milhões de toneladas).
Os dados fazem parte do oitavo levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado nesta quinta-feira (10). Na comparação com a pesquisa do mês de abril, a estimativa total da safra mostra um aumento de 1,3%, ou cerca de 3 milhões de toneladas.
Segundo a Conab, a estimativa de área também é destaque, com a entrada de números das culturas de inverno e outras, podendo se tornar a maior da série histórica, ou seja, 61,5 milhões de hectares. O incremento estimado é de 1,1% ou 657 mil hectares.
Os maiores volumes são da soja, responsável pelo bom desempenho produtivo e cujo avanço da colheita vem confirmando a boa produtividade, e do milho total. A leguminosa registra 117 milhões, aumento de 2,6% em comparação com a safra anterior (114,96 milhões de toneladas).
A produção de milho total de milho deve atingir 89,2 milhões de toneladas, queda de 8,8% ante o período anterior (97,84 milhões de toneladas). A primeira safra de milho é de 26,26 milhões de toneladas (menos 13,8%), enquanto a segunda safra está estimada em 62,95 milhões de toneladas (menos 6,6%).
Na sequência de aumento da produção deste levantamento, vem o algodão em pluma, com volume de 1,9 milhão de toneladas, algo em torno de 27% a mais que a safra anterior (1,53 milhões de toneladas).
O feijão segunda safra também registra bom desempenho, com um aumento de 10,2% e colheita de 1,32 milhão de toneladas. A safra total de feijão (três ao longo do período) deve alcançar 3,4 milhões de toneladas, estável em relação à safra anterior. A produção de arroz deve diminuir 6,5%, para 11,53 milhões de toneladas.
Conforme a Conab, o término do plantio das culturas de segunda safra, a estimativa de área de plantio para o feijão e as culturas de inverno sinalizam um crescimento de área, a maior da série histórica, ou seja, 61,5 milhões de hectares, com um incremento de 1,1%.
Na ordem crescente de ganho absoluto da área plantada, vem a soja com 1,2 milhão de hectares, o algodão (236,8 mil ha) e o feijão segunda safra (132,6 mil ha). Com os aumentos, a área total da soja ficou em 35,1 milhões de hectares e em seguida o feijão segunda safra (1,6 milhão ha) e o algodão (1,2 milhão ha).