Foi no auge da recessão financeira, em 2012, quando o país amargava indicadores econômicos negativos, que Alessandra Algarve se viu frente a um cenário desolador: ela passou a integrar as estatísticas de desempregados. Diante da nova realidade e com as contas que seguiam batendo à porta, veio a ideia de fazer doces para vender. Ali, eram dados, por ela e pela família, os primeiros passos em direção à Água na Boca em Santa Maria.
Ainda que não estivesse muito confiante da recente iniciativa, Alessandra – que é formada em Turismo pela Universidade Franciscana – foi atrás de receitas antigas e dos cadernos de vovós.
Mas como em todo começo, as dificuldades se fizeram presentes e, segundo ela, havia uma limitação na oferta de doces. Ou seja, Alessandra fazia, basicamente, ambrosia, quindão, arroz de leite, pudim e papo de anjo.
À medida que as vendas aumentavam, veio o desafio: o de fazer tortas. O que, até então, ela não dominava. Alessandra decidiu ir atrás de receitas e foi em busca de cursos na produção de tortas doces.
Em pouco tempo, ela passou a atender pedidos convencionais de tortas e, atualmente, ela vem repaginando receitas. Por semana, são quase 50 tortas feitas por ela. No Estado, Alessandra “exporta” tortas para municípios das regiões central, da campanha e da fronteira-oeste. Porém, ela afirma que já mandou tortas para o nordeste e também para Brasília.
E todas as receitas feitas por ela contam com produtos locais. Alessandra explica, por exemplo, que são utilizados produtos coloniais direto de produtores de Santa Maria.
Uma consequência é que a Água na Boca tem mais de 107 mil seguidores no Instagram.
Confira, abaixo, a íntegra do Santa Maria de Negócios deste domingo (15):