No Plano Estadual de Logística e Transporte (Pelt-RS), que antecede o projeto de concessões de estradas, a RS-287, a RS-324 e a RS-020 são citadas como rodovias que precisam de investimentos milionários para duplicação de trechos. Abaixo, confira detalhes dos aportes sugeridos e a avaliação de lideranças empresariais.
RS-287
Obra: duplicação entre Santa Cruz do Sul e a BR-386
Extensão da obra: 77,4 quilômetros
Quando: até 2024
Investimento: R$ 591,5 milhões
A opinião local
Para o presidente da Associação Comercial e Industrial (ACI) de Santa Cruz do Sul, Lucas Rubinger, a intenção de conceder a RS-287 a grupos privados deve ser comemorada. Conforme o dirigente, a troca de administração na rodovia poderá acelerar a duplicação e beneficiar o escoamento da produção da indústria da região.
– Somos muito fortes em setores como o de tabaco. A produção industrial sai da região pela rodovia, mas o percurso entre Santa Cruz e Venâncio Aires é um gargalo – comenta Rubinger.
RS-324
Obra 1: duplicação entre Passo Fundo e Casca
Extensão da obra: 59,9 quilômetros
Quando: até 2024
Investimento: R$ 457,6 milhões
Obra 2: duplicação entre Casca e a RS-470, em Nova Prata
Extensão da obra: 52,7 quilômetros
Quando: até 2024
Investimento: R$ 402,4 milhões
A opinião local
Presidente da Associação Comercial, Industrial, de Serviços e Agronegócio de Passo Fundo (Acisa), Evandro Silva avalia que, caso a iniciativa privada assuma a RS-324 e realize a duplicação, um dos principais beneficiados será o setor agropecuário:
– A rodovia é antiga. Se o Estado não tem condições de duplicá-la, a saída é buscar parceiros. Isso poderá melhorar o fluxo de veículos e reduzir os acidentes.
RS-020
Obra: duplicação da RS-020 entre a RS-118, em Gravataí, e a RS-239, em Taquara
Extensão da obra: 44,3 quilômetros
Quando: até 2024
Investimento: R$ 338,5 milhões
A opinião local
O presidente da Câmara da Indústria, Comércio, Serviços e Agropecuária do Vale do Paranhana (Cics-VP), Roger Fernando Ritter, diz que a concessão da RS-020 poderá resultar em melhores condições para o escoamento da produção local. Para isso, cobra rigidez na formulação do projeto de repasse da administração à iniciativa privada.
– Obras paradas prejudicam a população. Esperamos que o projeto de concessão tenha prazos bem definidos e previsão de multas às empresas em caso de não cumprimento das obrigações.
É preciso governança – ressalta Ritter.