O Banco Mundial teria manipulado durante anos a metodologia de um de seus principais relatórios para influenciar o resultado do estudo, disse o economista-chefe da entidade, Paul Romer, ao Wall Street Journal. Segundo ele, as modificações nos critérios parecem ter sido feitas por razões políticas.
As alterações teriam atingido o "Doing Business", que compara a competitividade dos países, e teriam prejudicado o desempenho do Chile, segundo o executivo. Romer disse que o Banco Mundial irá recalcular os rankings dos últimos quatro anos. A revisão pode modificar, também, a posição de outros países.
O diretor responsável pela produção do estudo durante o período em questão, Augusto Lopez-Claros, está de licença do Banco Mundial. Ele é ex-professor da Universidade do Chile e, atualmente, é pesquisador na Universidade de Georgetown, nos Estados Unidos.
Segundo Romer, uma análise preliminar indicou que, nos últimos anos, a posição do Chile flutuou não pela piora nas condições do país, mas pela inclusão de novos indicadores para compor a metodologia do estudo.
A posição do Chile flutuou do 25° lugar ao 57º lugar desde 2006. Durante a presidência da socialista Michelle Bachelet (2006 a 2010 e 2014 a 2017), a classificação do país caiu. Já nos anos em que o conservador Sebastián Piñera comandou o país (2010 a 2014), o desempenho melhorou - Piñera assumirá a presidência de novo este ano.
O Brasil costuma ficar mal posicionado no ranking. Em 2017, ficou em 125°. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.