O Departamento Nacional de Infraestrutura dos Transportes (DNIT) se comprometeu a apresentar entre 30 e 40 dias um estudo de 11 pontos problemáticos da BR-116, na Serra. Os trechos se concentram entre Caxias do Sul e Campestre da Serra e foram apontados pela Câmara de Indústria, Comércio e Serviços (CIC) de Caxias em reunião nesta segunda-feira (9).
De acordo com o diretor de Infraestrutura e Política Urbana da entidade, Delmar Perizzolo, os principais problemas são o avanço da vegetação e pedras nas margens da rodovia. Com as curvas acentuadas e a pista estreita, os ônibus produzidos na cidade e os caminhões que se deslocam ao centro do país para escoar a produção da Serra enfrentam dificuldade para passar pelos trechos. Em alguns casos, é preciso, inclusive, invadir a pista contrária, comprometendo a segurança de quem circula pela rodovia.
_ Os ônibus de dois andares, por exemplo, chegam a raspar nas pedras na parte de cima. Não são obras de vulto, são mais nas laterais. Isso espanta até o turismo. Os ônibus que chegam à região vão via Antônio Prado (RS-122) e já saem direto para Bento Gonçalves. Parece que estamos ficando ilhados _ alerta.
De acordo com o engenheiro da unidade do DNIT em Vacaria, Daniel Bencke, os técnicos do órgão vão inspecionar cada um dos pontos para identificar o que é possível fazer no curto e longo prazo, além do custo das intervenções. Em seguida, o relatório será encaminhado à Superintendência Regional do DNIT no Estado, em Porto Alegre, e à CIC para que se encaminhem as soluções.
DUPLICAÇÃO EM CAXIAS DO SUL
Embora não fosse o tema central da reunião de segunda-feira, a CIC também cobrou do DNIT o andamento do projeto de duplicação de um trecho de 950 metros da BR-116 na área urbana de Caxias do Sul. A obra é reivindicada há pelo menos 15 anos.
O projeto executivo da obra foi elaborado pela prefeitura de Caxias do Sul e aprovado pelo DNIT em outubro do ano passado. A intenção do DNIT é viabilizar a duplicação por meio de um aditivo no contrato de conserva da rodovia no trecho da Serra.
De acordo com Bencke, no entanto, o contrato não comporta um acréscimo de R$ 11,7 milhões necessários para a obra. Dessa forma, uma das soluções estudadas seria dividir o projeto em várias etapas para conseguir viabilizar os aditivos. Se a solução se confirmar, é possível que seja realizado, por exemplo, que a duplicação ocorra antes de um dos lados da rodovia e depois do outro.
_ Até o fim do ano devemos ter isso definido. Depois, vai ser necessário captar recursos junto ao governo federal _ detalha Bencke.