Assim que chegou ao Planalto vindo do Rio de Janeiro, onde passou a quinta-feira (31), o presidente em exercício, Rodrigo Maia (DEM-RJ), assinou projeto de lei que estima a receita e fixa a despesa da União para o exercício financeiro de 2018. O texto mantém a meta fiscal de déficit de R$ 129 bilhões.
O governo esperava ter aprovado quarta-feira (30), no Congresso, a proposta que ampliava as metas fiscais de 2017 e 2018 para um rombo de até R$ 159 bilhões. No entanto, só conseguiu fazer passar o texto base, restando dois destaques, o que impediu que o projeto de lei orçamentária de 2018 (PLOA) fosse encaminhado nesta quinta com o novo valor do rombo das contas de R$ 159 bilhões.
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O governo tenta minimizar esta derrota, alegando que o que importava era o texto-base, que foi aprovado, e que restaram apenas dois destaques, considerados irrelevantes. A expectativa do Planalto é que seja possível mobilizar a base para votar na terça-feira da semana que vem (5), embora seja véspera do feriado de 7 de setembro e muitos parlamentares tenham programado viajar.
Caso não consiga votar o texto dentro dessa previsão, o governo reconhece que pode começar a ter problemas de caixa em alguns ministérios, já que irá retardar o rearranjo orçamentário. O governo precisa da ampliação da meta para poder liberar os recursos para os ministérios voltarem a funcionar e terem dinheiro não só para custeio, mas também para tocar os empreendimento.
Daí a operação que se pretende montar para garantir quórum para aprovação do projeto na semana que vem. O governo conta com o fato de existirem duas pautas consideradas "atraentes" para os parlamentares, que também estão na ordem do dia para votação: a reforma política e o Refis.