Somente no Rio Grande do Sul, 4,3 mil pessoas estão com parcelas atrasadas dos financiamentos imobiliários. O levantamento é da Associação Nacional de Defesa dos Mutuários.
O número corresponde a 40% do total de mutuários do estado. O alerta é para o risco de estes imóveis irem a leilão.
Estas pessoas devem buscar renegociação imediatamente. Presidente da ANDM, Sérgio Gradovski explica que também pode-se exigir a renegociação da dívida na Justiça, mesmo que tenha ocorrido a chamada "consolidação" do imóvel pelo banco, medida tomada antes de levar o bem a leilão.
- Essa orientação é amparada por decisão do Supremo Tribunal de Justiça (STJ), que determinou em 2016 a modificação do entendimento sobre a incidência de juros de mora em todo país.
Diz que a Caixa Econômica Federal não renegocia os desses financiamentos.
- Por isso, quando o imóvel entra para leilão, os mutuários inadimplentes acabam sendo pegos desprevenidos. Poucas pessoas recebem a intimação do cartório sobre a dívida na propriedade e entendem a importância desse documento.
A ANDM estima que 65% dos mutuários tem ao menos uma parcela de atraso no Brasil. Em 2016, mais de 15 mil imóveis foram leiloados pela Caixa Econômica Federal em todo país, número 81% maior que em 2015.
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