As apostas seguem em 1 ponto percentual para o corte da taxa de juros Selic em setembro. A ata divulgada pelo Comitê de Política Econômica do Banco Central reforça o comunicado da semana passada, que foi divulgado logo após a reunião que cortou o juro em 1 ponto para 9,25% ao ano.
Diz que a flexibilização da política monetária deve manter a mesma magnitude adotada em julho. Ponderam, claro, que depende que as condições do cenário básico permaneçam.
"(...) continuará dependendo da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos, de possíveis reavaliações da estimativa da extensão do ciclo e das projeções e expectativas de inflação."
Economista da Quantitas, Ivo Chermont avaliou para a coluna que o documento não trouxe novidades em relação ao que já tinha sinalizado na semana passada.
- O cenário básico implica a manutenção ou queda das expectativas de mercado para 2018 abaixo da meta. Hoje, está em 4,2% versus uma meta de 4,5%. Também a atividade econômica seguir em um ritmo de estabilidade ou ainda mais gradual, o desenvolvimento da economia internacional não pressionar as taxas de juros internacionais e, consequentemente, os modelos do Banco Central continuarem apontando uma inflação de 2018 abaixo da meta, ou seja, 4,3% versus meta de 4,5%. Nossa visão continua sendo que o Copom cortará os juros até 7% ao final do ano.
Segundo o Banco Central, o impacto do reajuste dos combustíveis na inflação é de aproximadamente 0,45 ponto percentual. Ocorrerá entre os meses de julho e agosto, mas com maior concentração em agosto.
Tem ainda o impacto da mudança da bandeira tarifária de energia elétrica de verde para amarela sobre a inflação do mês de julho. Deve ser de aproximadamente 0,15 ponto percentual.
"Todos concluíram que essas oscilações pontuais – em particular dos reajustes de preços de combustíveis e de energia elétrica, que têm sido mais voláteis – não têm implicação relevante para a condução da política monetária" - afirma o Banco Central.